Natal limitado… ou “purificado”

 Natal limitado…  ou “purificado”

Padre Luís Manuel Bairrada

A Europa e o mundo em geral procuram soluções para o primeiro Natal em tempos de pandemia de Covid-19, consciente de que poderá haver um pico de casos de contágio nas festividades de Natal e fim de ano. As autoridades, um pouco por todo o lado, aumentaram as restrições para baixar os contágios antes do Natal, por haver “claros riscos de novo agravamento da pandemia em caso de redução das medidas tomadas para lhe fazer face”.

Em Portugal continuamos em estado de emergência, agora, tendo presente que o incumprimento das normas pode traduzir-se em crime de desobediência. Uma forma de dissuadir os portugueses de tentarem furar as regras estabelecidas para a época de Natal e final de ano.

Por cá, pode ser uma estranha noite de Natal, sem fogueira e o gesto de “beijar o Menino”. Mesmo em família todos os cuidados são pucos.

Neste Natal tudo parece limitado…

Para o Papa Francisco, as limitações impostas pela pandemia, na celebração do Natal, podem levar a “purificar” a celebração do nascimento do Menino Jesus, ajudando a descobrir o seu sentido mais autentico. “Este ano esperamos restrições e desconfortos; mas pensemos no Natal da Virgem Maria e de S. José: não eram rosas e flores! Quantas preocupações! No entanto, a fé, a esperança e o amor guiaram-nos e sustentaram- -nos. Que seja assim para nós também”. (Papa Francisco)

Procuremos viver o Natal em família. Na tua casa, não esqueças o presépio, mesmo que seja simples e pobre. Dá o tom original do Natal, ultrapassando os clichés do comércio convencional.

Procuremos não nos envolver em correrias de compras e afazeres para ganhar tempo de qualidade para o acolhimento, a ternura, alguns momentos de oração em família.

Inventemos gestos de partilha gratuita com quem mais precise… A pandemia exige de nós criatividade para que cumprindo as normas de segurança, não nos paralise e resigne.

Santo e Feliz Nata!

*P. Luís Manuel Bairrada

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