Exame de língua portuguesa para aceder às universidades americanas (USA)

 Exame de língua portuguesa para aceder às universidades americanas (USA)
Paulo Freitas do Amaral, professor de história

Num país em que o sector educacional é fortemente marcado pela descentralização administrativa, a criação de um exame nacional de língua portuguesa constituiria uma oportunidade de favorecer de forma decisiva o ensino do português nos EUA.

Neste país, os exames nacionais são da responsabilidade do College Board, entidade privada sem fins lucrativos norte-americana.

Os alunos que se submetem a este exame são os alunos finalistas do ensino secundário que querem aceder às universidades.

O âmbito nacional dos exames e o seu peso no sistema educacional norte-americano, sugerem que a inclusão da língua portuguesa constituiria por si só, um maior incentivo para a dinamização em geral do ensino do português nos EUA, pois contribuiria para estimular a procura e oferta de cadeiras de português no sistema secundário público e privado norte-americano; para aumentar o número de alunos a estudar temas portugueses nas universidades, para aumentar o prestígio em geral do português nos EUA; para o estabelecimento de práticas de ensino da língua; para a certificação de conhecimentos e para a criação de materiais de apoio.

Seria vantajoso que as entidades portuguesas e porque não também, a Fundação Luso-americana insistirem com a Câmara dos Representantes e com o College Board, no sentido de chegar a acordo quanto à introdução no ensino do exame de língua portuguesa para acesso às Universidade americanas.

Com mais de 10.000 alunos inscritos em cadeiras de português em escolas oficiais americanas, seria importante, o ministro dos negócios estrangeiros português, que também já presidiu à Fundação Luso-americana e que está bem inteirado sobre este assunto, realizar diligências no sentido de criar mais oportunidades a todos os lusófonos que queiram ir estudar para aquele país.

Não poderemos esquecer aqui a importância da comunidade brasileira nos EUA e toda a articulação que poderia haver entre diplomatas lusófonos, e luso-eleitos, no sentido de obter esta importante conquista para a difusão da nossa Língua.

O ensino da língua portuguesa encontra-se assim numa posição de superioridade em relação a outras línguas já reconhecidas pelo College Board como é o caso da língua coreana.

Fica aqui o apelo às entidades para um pequeno passo que pode beneficiar muitos lusófonos nos Estados Unidos da América.

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