Esvaziar, esvaziar, vamos a isso!

 Esvaziar, esvaziar, vamos a isso!

Neste mês de novembro recorda-se de um modo especial os novíssimos.

No dia 1 de novembro lembramos os inúmeros santos que não aparecem no calendário litúrgico durante o ano.

Este dia é, sem dúvida, um acicate para o cristão corrente pois recorda que todos nós estamos chamados a ser santos, através dos afazeres quotidianos, como recorda S. Josemaria, fundador do Opus Dei, na sua homília Amar o mundo apaixonadamente ”Todos (…) tamos fazemos parte da família de Cristo, porque Ele mesmo nos escolheu antes da criação do mundo, por amor, para sermos santos e imaculados diante dele, o qual nos predestinou para sermos seus filhos adoptivos por meio de Jesus Cristo para sua glória, por sua livre vontade. esta é a vontade de Deus: a vossa santificação. Portanto, não nos esqueçamos: estamos no redil do Mestre, para alcançar esse fim (…)

A santidade é o que interessa, tudo o resto são acréscimos. Quando se ouve elencar as virtudes heroicas de um santo, a primeira sensação que temos é de nunca conseguiremos atingir.

De facto temos razão, pelas nossa forças isso é impossível, ao vermos as virtudes conquistadas pelos santos, o correcto é maravilharmo-nos com a atuação de Deus naquela alma. E como foi isso possível? Eu diria que todos os santos, muito diferentes uns dos outros, tem em comum um grande amor a Deus e, por isso, como quaisquer dois namorados, estão sempre atentos ao que Deus lhes quer, e com solicitude acatar os Seus pedidos.

Aquele que luta de verdade para ser santo coloca todos os meios para lograr o maior amor de Deus que for capaz. S. Josemaria no ponto 316 do seu livro Caminho

“Queres como um avaro quer ao seu ouro, como uma mãe quer ao seu filho, como um ambicioso quer às honras, ou como um pobrezito sensual, ao seu prazer? Não, então não queres”.

Santa Teresinha do Menino Jesus dizia “Eu quero Tudo” quando se referia a ser santa, não queria uma santidade a meias-tintas queria ser o mais santa que fosse possível. Não saiu do seu convento, contudo, é a padroeira das missões e Doutora da igreja.

Brevemente teremos a canonização de Carlo Acutis que foi um jovem deste século, com uma vida similar tantos jovens da sua idade, gostava das redes sociais como os da sua idade. O que o levou à santidade? Fazer tudo com os olhos postos em Deus. Se nós não temos esta meta, estamos a desperdiçar o nosso tempo.

A partir do dia 2 de Novembro até ao fim do mês a Santa Igreja recorda de um modo especial aqueles  que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação estando no que se designa por purgatório.

Queremos, como dizia o fundador do Opus Dei, “Saltar o Purgatório“ indo diretamente para o Céu , por isso, não devemos ter medo da penitência. Segundo algumas revelações, o menor sofrimento do purgatório é bastante mais doloroso que o maior padecimento na Terra.

O que mais faz sofrer uma alma que está no Purgatório é o não ver a Deus: Após a morte qualquer alma apercebe-se de um modo claríssimo do quanto Deus a ama e como correspondeu a esse amor, por isso, muitos estudiosos afirmam que as almas salvas, mas não completamente purificadas, são elas próprias a quererem ir para o Purgatório pois vêm com total nitidez o quanto precisam de se limpar.

Por esta altura gosto de reler um livro intitulado “O Purgatório” uma revelação particular cujo autor manteve-se no anonimato. Não sei se está traduzido em português. Nesse livro apercebemo-nos bem a necessidade de rezar por estas almas e o quanto nos ficam gratas.

Ao que parece, embora elas não vêem Deus apercebem-se da Sua presença e da atração que Ele tem sobre elas, isto é, Deus atrai-as, mas elas pela sua sujidade não podem corresponder a esse Amor. Este é, sem dúvida, o maior sofrimento que têm.

Nunca poderemos saber como é enquanto aqui estivermos. Eu, compararia aquela mãe enferma que não pode receber visitas por motivos de contágio e que do lado de fora sabe que estão os seus filhos que tanto a amam e que não os pode ver.

Numa doença isto dura horas, dias, semanas, mas no Purgatório pode durar muitos anos. As nossas orações, os nossos sacrifícios podem esvaziar o purgatório. Animamo-nos a esta aventura de deixar o purgatório “às moscas”? Vamos a isso!

*Maria Guimarães

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