Oleiros: José Freire exibe talento “Com outra arte”

 Oleiros: José Freire exibe talento “Com outra arte”

Peças concebidas a partir de famosas obras de Picasso, Van Gogh ou Nuno Gonçalves, mas sob outra forma de arte, pelas mãos de José Freire, preenchem até dia 18 de setembro a Galeria das Devesas Altas, de Oleiros.

Sob a técnica de azulejo alicatado, o autor trabalha de forma exímia pequenos pedaços de diferentes tamanhos de azulejo, sem qualquer recurso a tintas. Na exposição inaugurada no passado sábado, dia 6, destaca-se a obra “Os Painéis de S. Vicente de Fora – Com Outra Arte”, a qual demorou um ano a ser concebida.

Nela se reproduzem ao pormenor as 58 personagens dos Painéis de S. Vicente de Fora, de Nuno Gonçalves, uma das peças mais investigadas em História da Arte Portuguesa. Com pedaços de azulejo, José Freire cria e recria variados tipos de quadros, painéis e peças tridimensionais decorativas, constituindo uma genuína e peculiar arte de esculpir o azulejo.

salienta a autarquia de Oleiros

Um painel que reproduz elementos enigmáticos de vários quadros de Van Gogh ou seis das 12 famosas telas de cenas tauromáquicas de Picasso, estão também patentes nesta mostra que “com outra arte”, evidencia o talento de José Freire.

“Quanto mais complicada for a peça, mais desafiante é para mim”

sustentou o autor

Na inauguração, a historiadora de arte Isabel Garcia realçou ser “uma sorte imensa que Oleiros possa ter esta exposição tão grandiosa e tão bem concebida”. Segundo a própria, o autor “é mestre de uma arte nobre, num trabalho de novas produções feitas a partir de grandes génios, mas com outro olhar e uma nova inquietude”.

Para o Vereador da Câmara Municipal de Oleiros, Paulo Urbano, o autor é “um amigo simples, para além de ser grande na sua arte, exibindo obras em reconhecidos museus. É com enorme honra que recebemos esta exposição com peças nunca antes vistas em Oleiros”. Ainda nas suas palavras, “Oleiros tem tido a oportunidade de trazer a esta Galeria exposições de elevado valor. É uma aposta que assume extrema importância”, parafraseando a ideia de que “um povo sem cultura é um povo sem alma”.

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