Oleiros: Isna testa exploração de resina

 Oleiros: Isna testa exploração de resina

Uma parcela de terreno de pinhal, na freguesia da Isna, concelho de Oleiros, está a ser laboratório de testes para a viabilidade de extração da resina, uma atividade que teve grande dinâmica até ao início da década de 80 no Concelho de Oleiros.

Este projeto está a ser desenvolvido por um consórcio constituído por 37 entidades, liderado pelo Forestwise – Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo. A entidade responsável pelo desenvolvimento dos ensaios é a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em conjunto com a empresa Raízes In.

“Oleiros não podia ficar de fora deste projeto, pela experiência que aqui ainda encontramos de pessoas que trabalharam na extração da resina, pela excelência do pinhal bravo que aqui existe”

afirma a investigadora do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagística da UTAD, Maria Emília Silva

Segundo informação avançada pela autarquia de Oleiros, ontem, dia 18, “foram resinados os primeiros 60 pinheiros de um total de 200 que integram este projeto que se estende até 2025”. Para que isto seja possível, nesta área de pinhal da Isna em estudo foram retirados os resíduos de combustível.

O projeto visa aperfeiçoar também as técnicas de exploração de resina. Segundo a autarquia de Oleiros “estão a ser estudados novos recipientes que possam impedir a entrada de resíduos como pó, agulhas dos pinheiros, para a resina. Neste momento recorre-se aos sacos de plásticos que são agrafados ao tronco do pinheiro”.

Foi isso que fez José Silva, antigo resineiro na zona da Isna, que não resinava desde 1998.

“Comecei muito novo neste trabalho e é um gosto voltar a ver que há interesse”

afirmou com grande orgulho

Miguel Marques, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, destaca a importância do projeto e o que ele poderá significar para os proprietários, mas também para a boa gestão da floresta. O autarca vê ainda com bons olhos o desenvolvimento deste projeto em Oleiros, “terra onde ainda existem antigos resineiros, homens e mulheres, que podem transmitir às novas gerações a mestria de resinar o pinheiro”.

A falta de mão-de-obra é aliás um problema detetado pela Associação Nacional de Resineiros que pretende, depois do verão, formar cerca de 120 resineiros.

A par de Oleiros, estão a decorrer ensaios em parcelas de pinhal em Vila Pouca de Aguiar, Nazaré, Cantanhede e Amareleja.

Para si... Sugerimos também...

1 Comentário

  • Eh, eh, eh, 37 gulosos e só 1 resineiro a labutar! É obvio que não da para alimentar tantos gulosos!

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscreva a nossa newsletter