O Padre AIRES diamantou!

 O Padre AIRES diamantou!

Padre Aires Gameiro

Enquanto, em boa forma, vai cumprindo o seu 94.º ano de vida, e o 63º de sacerdote, ele celebrou, rodeado de Irmãos, amigos e outros companheiros de caminhada, as Bodas de Diamante de profissão religiosa na Ordem Hospitaleira de São João de Deus.

Seu nome, como seu perfil, é raro: Aires Gameiro, religioso, padre (formado em Angra do Heroísmo), psicólogo, pastoralista, escritor, conferencista, capelão hospitalar, ensaísta, conselheiro espiritual, administrador de centros psiquiátricos, organizador de projetos de reabilitação psicossocial, visitador de meio mundo e, às vezes, poeta!

As festas decorreram em Fátima, em 19/03/2023, exato dia dos 75 anos dos seus votos religiosos, mas os primeiros mimos de festa já os foi recebendo durante uma Assembleia dos confrades que operam em Portugal, realizada nos dias anteriores. Aí, numa entrevista feita à sua medida, declarou, por exemplo, que não tem inimigos, que nunca pensou desistir da Ordem “nem que ficasse cá sozinho”, que nunca chora, que já viu quatro vezes a morte à sua frente, e que já visitou uma centena de países, mas ainda espera visitar mais alguns. Ah! e que se considera mais teimoso que careca!

Na manhã do dia 19, setenta convidados de todo o país, incluídos familiares de São Simão de Litém (Pombal) e Colaboradores dos Centros do Instituto São João de Deus, foram chegando à Casa da Ordem, em Fátima, onde os Irmãos já os esperavam e, pelas 11:00 horas, a capela ficou pequena para tanta gente celebrar festivamente a vocação que Deus dá ao Pe. Aires e a vida que o Pe. Aires lhe devolve cada dia, na comunidade, nos ambientes hospitaleiros e por todo o mundo, afinal.

A Eucaristia, que incluiu a renovação dos votos religiosos diante do Provincial (Ir. José Paulo) e terminou com uma emocionante encenação joandeína da parábola do Bom Samaritano (por Ernesto Janela e Fernando d’Oliveira), foi presidida pelo bispo emérito Dom Serafim, ladeado por Dom Augusto César e demais clero. Ao longo da liturgia, as cem vozes presentes cantámos ações de graças, segundo a seleção musical e maestria do Ir. Jorge Dias.

Logo a seguir à missa, numa sessão conduzida pela colaboradora Susana Queiroga, quase duas dezenas de convidados se expressaram em breves e laudatórios discursos e testemunhos, dirigidos ao Pe. Aires, às vezes com entrega de presentes. Destes sobressai uma moldura com a sua foto, artisticamente “vestida” com as capas dos seus livros. Falaram familiares, antigos alunos, confrades e ex-confrades, colaboradores de projetos vários, colaboradores da Ordem e até o seu cardiologista, que já lhe salvou a vida. Esta sessão terminou com distribuição, a todos os presentes, da brochura autobiográfica “75 Diamantes”, evocando a efeméride.

Por fim, fomos encaminhados para um restaurante da vizinhança, onde tudo estava preparado para que estas Bodas de Diamante tivessem o final que mereciam. A meio da tarde fomo-nos despedindo progressivamente, todos com vontade, expressa ou silenciada, de voltarmos um dia, para as Bodas de Jequitibá, da profissão ou pelo menos do nascimento!

*Ir. Augusto Gonçalves, OH

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