IA na Física Solar melhora conhecimento dos processos físicos da atmosfera solar

 IA na Física Solar melhora conhecimento dos processos físicos da atmosfera solar

Ricardo Gafeira, autor do estudo

Um estudo da autoria de Ricardo Gafeira, investigador do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e do Instituto de Astrofísica e Ciência do Espaço, mostra que a introdução de técnicas de Inteligência Artificial (IA) na área da Física Solar irá permitir melhorar o conhecimento dos processos físicos complexos da atmosfera solar.

Esta investigação, que pode ser consultada no artigo “Machine learning in solar physics”, publicado na revista Living Reviews in Solar Physics,  pretende mostrar o grande potencial de aplicação da IA na física solar, ao nível da otimização de cálculos, identificação de padrões e estruturas em imagens, redução de dados, previsão de eventos, entre outros.

«A aplicação da IA na física solar tem o potencial de melhorar a compreensão dos processos físicos complexos que ocorrem na atmosfera solar, permitindo a identificação de padrões e tendências que até hoje não foram possíveis identificar com as técnicas tradicionais.  Utilizando estas técnicas podemos agora analisar grandes quantidades de dados provenientes de observações solares, tanto por telescópios terrestres, como por satélites que observam em permanência a nossa estrela mãe».

revela Ricardo Gafeira

De acordo com o investigador, a introdução destas técnicas irá permitir aumentar o conhecimento nos processos físicos fundamentais que ocorrem na atmosfera solar e como varia a sua atividade ao longo do tempo, bem como melhorar a compreensão de eventos explosivos, como as explosões solares, que podem afetar enormemente o ambiente da Terra.

Poder prever a ocorrência destes eventos bastante prejudiciais para a nossa sociedade é crucial para resiliência da nossa sociedade cada vez mais tecnológica.

Além disso, refere ainda o investigador da FCTUC,

«a inteligência artificial pode ajudar a compreender melhor o funciomento interno do Sol, permitindo aprofundar o conhecimento dos especialistas e possibilitar a proposta de modelos mais complexos para os explicar.

Por fim, a aplicação destas técnicas permite automatizar e otimizar a análise do grande volume de dados que os telescópios solares produzem, reduzindo a necessidade de trabalho manual e aumentando a eficiência»

*Sara Machado, Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

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