Escola de Concertinas de Proença não deixa a tradição morrer
A tarde deste domingo, dia 11 de junho, na Festa do Município de Proença-a-Nova, ficou marcada pela atuação da Escola de Concertinas do concelho.
Tocando as mais variadas músicas tradicionais portuguesas, alunos e professores fizeram uma arruada pelo recinto do evento, animando o público presente, mostrando que a cultura da concertina está muito enraizada no concelho.
O nosso jornal falou com Marcolino Nel, fundador e professor da Escola de Concertinas de Proença-a-Nova, criada há cerca de oito anos. Contou-nos que decidiu começar a ensinar esta arte, porque sentiu que a cultura da concertina estava a morrer lentamente no concelho.
“Antigamente, em qualquer baile havia uma concertina ou um harmónio. Comecei a notar que isso estava a desaparecer. Por isso, entendi que tinha de fazer alguma coisa para dar a volta à situação e decidi criar a escola”.
Marcolino Nel
Marcolino Nel orgulha-se de já ter ensinado mais de 100 alunos, tanto do concelho como da região, a tocar concertina. Ainda assim, entende que “é difícil convencer as pessoas a tocar este instrumento”.
Para o professor, a cultura “valoriza as terras” e a da concertina “está muito enraizada no nosso concelho” e mostrou satisfação por haver muitos jovens do concelho a aprender este instrumento.
“Quando um dia deixar de tocar, estarei descansado, porque já há várias pessoas a tocar concertina. Tenho netos que também estão a aprender e isso também me deixa muito feliz. Até tiver forças, vou continuar a lutar para que esta tradição se mantenha na nossa terra”.
Marcolino Nel
Marcolino Nel anunciou ainda que está a organizar um Festival de Concertinas, que vai acontecer no próximo mês de julho, no Parque Urbano de Proença-a-Nova, onde espera trazer mais de dez grupos musicais.
Atualmente, a Escola de Concertinas de Proença-a-Nova conta com mais de 20 alunos.
*L.F.A.