É preciso ter coragem!

 É preciso ter coragem!

Um dos grandes desafios que surgem no setor público são os designados interesses instalados, corporativismo, etc…

Não nos podemos admirar, nesta sociedade hedonista em que cada um procura obter o máximo de prazer!

Por outro lado, a maior confederação de sindicatos é a SGTP que segue a filosofia marxista, uma filosofia onde está sempre presente a dialética oprimido e opressor.

No caso da Função Pública o “tirano” o opressor é o governo,  desde que este não seja apoiado pelo Partido Comunista e por isso, assistimos a uma paz em que, supostamente, tudo estava a correr bem durante a chamada “geringonça”.

Na verdade, os docentes não tinham a sua recuperação de serviço aprovada, a escassez de médicos era evidente e a recente prescrição dos supostos crimes de que era acusado José Sócrates é o retrato do caos em que está a Justiça.

Por isso, as inúmeras greves a que assistimos há alguns meses para cá, espelham o desespero deste conjunto de sindicatos em semear discórdia entre o trabalhador e o patronato.

É a forma de atuar destes sindicatos que é uma atitude diabólica. O diabo quer a discórdia pois detesta o Homem sobretudo depois da Encarnação, Paixão e Morte de Cristo.

O facto de Deus se dispor a sofrer como ninguém para salvar o género humano, deixou-o furibundo!!! Por isso, um cristão coerente não pode filiar-se nestes sindicatos, embora por vezes seja tentador.

Eles possuem todo um sistema que é capaz de resolver certas situações que outros sindicatos, por falta de recursos financeiros, não são capazes.

O dinheiro não é tudo e, por vezes, é preciso escolher. Talvez seja esse o martírio que nos é pedido, não um martírio de sangue mas um mais silencioso que não dura apenas uns minutos, mas sim anos.

Relativamente à educação, há muito que alterar e em alguns aspectos é bem simples desde que haja coragem para o fazer.

Numa época em que a escassez de docentes em alguns grupos disciplinares é difícil de aceitar que os Diretores recrutem estes docentes para as Direcções de Escolas e para Direções de Turma. Não faz qualquer sentido e um gestor de uma empresa não aceitaria tal situação.

Aliás tenho uma opinião muito diversa da maioria dos meus colegas, penso que as Direções de Escolas deviam ser chefiadas por um gestor e o resto da equipa seria composta por docentes.

Por outro lado, os elementos do Conselho Geral de um Agrupamento de Escolas tem na sua constituição docentes, entre os quais o seu presidente. Esses docentes são avaliados  em princípio por um docente da sua área, mas a avaliação final é dada pelo Director da Escola.

Só na Educação é que temos uma mesma pessoa a ser juiz de alguém de quem depende a sua progressão na carreira (uma das funções do Conselho Geral é analisar e avaliar as diferentes tarefas das Direções da Escola, incluindo a financeira)!

Há, evidentemente, um conflito de interesses inqualificável! Alguém denuncia isto?

Não interessa…

Finalmente algo que nunca entendi é a figura de Professor Bibliotecário, nem é professor nem é bibliotecário!

Não é professor ou se o é não parece; leciona apenas uma turma o que significa por vezes dar uma ou duas horas de aula por semana, assim em vez e trabalhar 35h semanais na Escola tem de estar presente 25 h como qualquer docente que possui 4 a 5 turmas!

Por outro lado, é uma injustiça perante os outros funcionários públicos, nomeadamente os bibliotecários que trabalham presencialmente 35h. Aliás, com o objetivo de não se compararem estas duas funções as bibliotecas escolares passaram a ter o nome pomposo de  Biblioteca Escolar Centro de Recursos Educativos, lugar onde os alunos podem fazer um pouco de tudo; ler, estudar, jogar e estar com o telemóvel desde que este esteja em silêncio!

Entre os jogos e o telemóvel, como é evidente poucos serão aqueles que leem ou estudam!

Por isso, se o Senhor Ministro quer de verdade mudar a Educação no Ensino Básico/Secundário pode facilmente alterar estas situações.

É preciso ter coragem, mas são os heróis que  fazem a História!

*Maria Guimarães

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