Cláudia André questiona situação profissional dos jornalistas

A deputada do PSD eleita por Castelo Branco, Cláudia André, questionou recentemente o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, sobre os problemas que atualmente estão a afetar todo o sector da Comunicação Social.
Numa nota enviada à comunicação social, a parlamentar começa por salienta que “a existência dos órgãos de comunicação social é fundamental para assegurar o funcionamento de um estado de direito e a existência de uma democracia plena”. Cláudia André considera que as empresas de comunicação social “atravessam um período difícil revelado pela fragilidade financeira do ecossistema mediático em Portugal.”
Encontramos a situação profissional da maioria dos jornalistas portugueses numa degradação constante sem que sejam adotadas quaisquer soluções. Consequentemente o jornalismo plural e responsável corre assim sérios riscos. Quase metade dos jornalistas em exercício declarava em 2022 um rendimento mensal bruto inferior a 900€. De acordo com o INE o salário médio destes profissionais é de pouco mais de 1,200€”, destacou a parlamentar.
afirmou a parlamentar
Para Cláudia André é evidente “a falta de reconhecimento da profissão de jornalista” e dessa forma considera fundamental “que existam condições necessárias para que um jornalismo e um jornalista possam exercer a sua profissão de uma forma digna a fim de não colocar em causa nem o rigor nem a verdade jornalística”.
“Vai tomar medidas para encontrar soluções para este problema? Existem várias propostas e soluções, ou pelo menos propostas de soluções, por parte de vários sindicatos e várias entidades ligadas à comunicação social. Pondera o senhor ministro e o governo seguir algumas destas propostas ou considera que da parte do governo não há nada a fazer? Uma das propostas ou várias propostas que existem falam em revisão de alguns diplomas como o estatuto do jornalista ou a lei de imprensa. Seguirá estas recomendações ou considera que não é esta a solução?”
questionou a parlamentar
Em resposta Pedro Adão e Silva, Ministro da Cultura, salientou que as questões levantadas são de “difícil resposta porque, obviamente que todos reconhecemos as dificuldades que enfrenta a profissão de jornalista, mas também todos reconhecemos os limites da ação do Estado para resolver os problemas da profissão e do sector”.