CIMBB repudia declarações do Presidente da AGIF

Em nota enviada à comunicação social, a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa e os 8 Municípios que a integram, entidades públicas competentes e responsáveis manifestam “total indignação e vivo repúdio” com as declarações do Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira, ouvidas na Comissão de Agricultura e Pescas da Assembleia da República, no passado dia 27 de julho.
É absolutamente insuportável que um alto dirigente do Estado, a quem não se disputa o elevado conhecimento técnico, assuma tal sobranceira desconsideração e desprezo para com entidades territorialmente competentes, que desempenham um papel fundamental na defesa das populações e do território. O Presidente da AGIF revelou uma profunda insensibilidade e incompetência política ao destratar grosseiramente a parte mais relevante do sistema de proteção civil nacional.
lê-se na nota enviada
Segundo a CIMBB, as declarações do Presidente da AGIF na Assembleia da República, “suportadas em comprovadas falácias, são profundamente lamentáveis porque lançaram sobre os municípios, e as associações humanitárias de bombeiros voluntários, graves acusações de incompetência e despesismo”.
O senhor Presidente da AGIF deve, sim, apresentar as fontes de financiamento que irão assegurar a execução do Programa Nacional de Ação de Gestão Integrada de Fogos Rurais, elaborado pela entidade que preside, e aprovado em maio de 2021, dado que, após diversas diligências e nos vários momentos de reunião das comissões regional e sub-regional, ainda não se obtiveram garantias de dotação financeira para o programa, colocando em causa a execução do planeamento previsto.
afirma a CIMBB
Desta forma a referida estrutura pede que Tiago Oliveira se esforce “mais na compreensão das altas funções para que foi nomeado, indo muito além das desculpas já apresentadas pelas deploráveis declarações que produziu”.
A CIM da Beira Baixa e os Municípios que a integram, mantém-se firmes na primeira linha do sistema de proteção civil, em estreita e forte relação com as associações humanitárias de bombeiros voluntários e os seus corpos ativos, cumprindo o superior desígnio de garantir às populações segurança e socorro, seja através da gestão florestal preventiva ou, sempre que necessário, no abnegado combate aos fogos rurais, e não se desculpam com os outros parceiros do sistema, por eventuais falhas, que têm acontecido, nem por objetivos não alcançados.
lê-se ainda na nota enviada
A nota enviada salienta ainda que a CIMBB e os Municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão, asseguram “com os seus próprios meios, e apoiando intensamente as 9 corporações de Bombeiros Voluntários e as demais entidades que participam no sistema, a gestão e a realização das exigentes tarefas de proteção civil neste vasto território, de mais de 5,9% da superfície continental portuguesa”.
Recordar que Tiago Oliveira foi ouvido na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, a propósito do relatório de atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais de 2022. O presidente da AGIF sublinhou também que “há municípios a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta”, sendo necessário balancear a prevenção e o combate.
1 Comentário
O presidente da Agif, tem razão. Façam prevenção, prevenção ao longo do ano. Aproveitem os almoços para trabalhar em conjunto,tendo mais respeito pelo v/principal recurso que é a floresta.