Proença-a-Nova: Capela da Misericórdia será “bem de interesse municipal”

Foi hoje, 15 de março, publicado em Diário da República, a abertura do procedimento de classificação de bem de interesse municipal da Capela da Misericórdia de Proença-a-Nova.

Na publicação, do Diário da República, é possível ler que “a Câmara Municipal de Proença-a-Nova, pela deliberação tomada em reunião ordinária de 16 de agosto aprovou a abertura do procedimento de classificação de bem de interesse municipal do imóvel”.

Desta forma e no prazo de 30 dias úteis todos os interessados podem pronunciar-se sobre a deliberação e “apresentar quaisquer reclamações, designadamente que tenham por objeto a ilegalidade ou inutilidade da classificação ou a sua excessiva onerosidade ou amplitude”.

“O Património surge como mais um potencial turístico e cultural das regiões, com uma identidade muito própria e passível de ser incluindo na estratégia de turismo, incrementando a atratividade dos territórios que se querem dinâmicos e atrativos para todos os nichos de procura. O seu potencial responde a um maior crescimento dos afluxos de visitantes, refletindo-se na restauração, nos alojamentos… no entanto, este património tem de ser preservado, mostrado e divulgado, mas devidamente estruturado de modo a manter a sua integridade e valor.”

lê-se na proposta entregue pela autarquia de Proença-a-Nova

A Capela da Misericórdia foi construída em 1557, num terreno doado pelo Filósofo Pedro da Fonseca (anexa ao então edifício da Stª Casa). É uma Capela pequena, concentrando em si a nave central, o altar mor, o púlpito e o coro alto. Tem no Altar Mor, em talha de madeira dourada e pintada lembrando o barroco oitocentista, um sacrário de pedra, dentro do qual existe um outro, de Charão, onde se encontra a relíquia do Santo Lenho, trazida de Roma pelo próprio Pedro da Fonseca, em 1588. Na parede interior lateral direita está exposta uma das obras mais emblemáticas pertencentes à Santa Casa: um quadro com uma cena do Calvário de Cristo, pintado por Gonçalo Prego, no séc. XVII (ano 1604). Apresenta uma arquitetura simples, de uma única nave. A sacristia está adossada ao alçado tardoz.

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