Por uma Igreja Aberta a Todos

“Todos, Todos, Todos” foi um dos pedidos e dos desafios que o Papa Francisco deixou aos jovens e à Igreja na JMJ de Lisboa.

Estando de férias na Guiné Bissau, a realizar uma ação de voluntariado católico, juntamente com a Cátia e o Paulo, tive a oportunidade de presenciar a concretização do apelo do Papa “Todos”.

Hoje presidi à eucaristia em Bissakel e em Safim. Em Bissakel, a eucaristia foi animada pelo grupo “Santa Rita”. Este grupo é composto por jovens com filhos que ainda não casaram. Os Missionários do Preciosíssimo Sangue acompanham estes jovens com o intuito de poderem constituir famílias cristãs.

Eles, que à partida estavam fora, são os animadores da comunidade cristã não só na oração, mas também no desporto, na limpeza e higiene…

Escolheram o nome “Santa Rita” de Cassia porque ela, tendo sido posta à prova pela madre do convento, conseguiu fazer o milagre: regou, durante um ano, uma madeira seca e, ao final desse ano, saiu uma videira. Pela sua persistência é patrona das causas impossíveis.

Eles aceitam ser acompanhados na fé naquilo que culturalmente parecem impossível: vivência cristã do casamento, o cuidado com os filhos e a relação com as mães dos seus filhos.

Este grupo reúne jovens de várias comunidades da Paróquia de Safim (Missão Católica de Safim) na qual está integrada a comunidade de Bissakel onde residem os Missionários do Preciosíssimo Sangue.

Os caminhos culturais de Deus estão sempre muito além das métricas católicas romanas que pautam a vivência cristã na Europa.

Conhecer é respeitar. Conhecer é aprender a amar. Conhecer é caminhar juntos porque Cristo é sempre o mesmo. Nós é que mudamos!