Opinião: O que a história não ensina
A campanha eleitoral está quase no fim e pelo caminho ficaram já os debates televisivos entre candidatos com o confronto de ideias mais ou menos conhecidas de todos nós. No mais importante dos debates, com todos os partidos políticos representados no parlamento, houve uma clara divisão de blocos. De um lado ficou António Costa a “levar pancada”, palavras do próprio, de todos os restantes candidatos. Do outro, ainda que por motivos diferentes, a oposição toda unida apostada em “desmontar” as sucessivas mentiras com que o governo nos brinda diariamente.
Num debate em que se falou muito do passado, fica para registo futuro, uma frase do ainda primeiro ministro António Costa, “A HISTÓRIA EXPLICA ISSO”. Foi assim que António Costa se esquivou à resposta quando confrontado pela factualidade da sua governação ter permitido que Portugal tivesse sido ultrapassado no PIB per capita pela maioria dos países do bloco de leste que apesar de recém-entrados na União Europeia, rapidamente nos ultrapassaram. Há mais de uma dezena de anos, também em véspera de eleições legislativas, Paulo Portas pediu a Jerónimo de Sousa um exemplo de país socialista em que os cidadãos fossem, felizes, livres e prósperos. Eu nunca conheci nenhum e creio que Jerónimo de Sousa não tem ainda a resposta nem tenciona responder a tal desafio.
Mas a história explica que de facto um país é tanto mais próspero quanto mais afastado estiver do socialismo. Dizia Ronald Regan que “O socialismo é um sistema que só funciona no Céu, onde não precisam dele, e no Inferno, onde ele já existe.” Winston Churchill dizia que “O socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja. Seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria”. Margaret Thatcher avisou-nos que “O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros” e Ludwig von Mises sabia que “A pior coisa que pode acontecer a um socialista é ter o seu país governado por socialistas que não são seus amigos”. O próprio Lenin dizia que às vezes era preciso dar passos atrás, ou seja, regredir no socialismo, para se poder dar um passo em frente.
O que a História não explica, o que António Costa não quer explicar, e o que ninguém lhe perguntou ainda, é porque mesmo com todas as lições que o socialismo deu à humanidade seguiu ele próprio esse rumo? Porque motivo escolheu para Portugal o caminho do empobrecimento geral e consequente afastamento dos padrões de vida e conforto do resto da Europa?
António Costa é o típico político de carreira, entrou aos 14 anos para a juventude socialista e pouco mais fez na vida privada que um estágio para a consequente inscrição na ordem dos advogados, estágio feito num escritório de advogados socialistas. Depois fez de tudo um pouco, corridas de burro em hora de ponta na Calçada de Carriche, deputado, membro do governo de Guterres, membro do governo de Sócrates e presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Sedento de poder, num golpe de traição e deslealdade, afastou António José Seguro da liderança do PS. Se António José Seguro tinha ganho as eleições europeias de 2014 por “poucochinho”, António Costa, contra todas as espectativas, sofre uma estrondosa derrota nas legislativas de 2015.
Qual animal ferido no seu orgulho, resta-lhe uma manobra política pouco vulgar, resta-lhe aliar-se à esquerda e extrema esquerda, de que tanto tinha desdenhado e formar governo. Dizem que quem não tem vergonha todo o mundo é seu, e António Costa não teve qualquer pudor em se aliar com os herdeiros da implantação do PREC. A Nação pouco importa quando o único pensamento está no seu egocentrismo e vaidade pessoal, e isso, já a história nos ensinou repetidas vezes que basta um homem só para destruir nações inteiras.
1 Comentário
Não, a história não ensina…
Parabéns por este artigo, claro, frontal e mt educado.
Que Deus esteja connosco e com Portugal no dia 30.
Terras de Santa Maria em oração…
Atenciosamente
Susana Mexia