O céu de julho de 2024

 O céu de julho de 2024

A presença da Lua junto ao planeta Marte na primeira madrugada do mês marca o vigésimo aniversário da chegada da sonda espacial Cassini-Huygens à órbita do planeta Saturno, sendo o primeiro objeto humano a faze-lo.

Esta missão conjunta das agências espaciais norte-americana (NASA), europeia (ESA) e italiana (ASI) não só estudou os anéis e luas de Saturno, como incluiu também o primeiro pouso de uma sonda (a Huygens) na superfície da lua Titã, a qual foi descoberta em 1655 pelo astrónomo neerlandês Christiaan Huygens.

Na madrugada de dia três o nosso satélite natural será visto nascer ao lado de Júpiter, planeta que por estes dias está ligeiramente a leste de Aldebarã, a estrela gigante vermelha conhecida como o olho da constelação do Touro.

Cabe recordar que neste neste mês Júpiter comemora o 30º aniversário do seu embate com os vinte e um fragmentos do cometa Shoemaker-Levi. 

Estes impactos tiveram lugar entre os dias 16 a 22, deixando marcas que foram visíveis na atmosfera joviana durante vários meses.

Pelas seis horas de dia cinco, i.e. poucos minutos antes do amanhecer, a Terra a atingirá o seu afélio, o ponto da sua órbita mais afastado do Sol; situando-se 1,67% acima da distância média entre a Terra e o Sol.

Por outro lado, pouco antes da meia-noite deste mesmo dia terá lugar a Lua Nova, situando-se assim na direção do Sol.

Ao final da tarde de dia seis a Lua irá pôr-se junto a Vénus, planeta que por estes dias se encontra junto a Pólux. Esta é a estrela gigante mais próxima de nós, sendo que o seu nome se deve ao de um dos irmãos associados à constelação dos Gémeos.

Um dia após desta efeméride a Lua ter-se-á deslocado até à constelação do Caranguejo donde, para além do aglomerado estelar do Presépio, iremos encontrar o planeta Mercúrio.

A seu turno, na noite de dia nove, a Lua será vista ao pé de Régulo, o coração da constelação do Leão. Já o Quarto Crescente terá lugar ao final de dia treze junto à estrela Espiga da constelação da Virgem.

Um dia depois da Lua Cheia de dia vinte e um, o planeta Mercúrio atingirá a sua maior elongação para leste relativamente ao sol, dando-nos assim mais tempo para observarmos este astro ao anoitecer.

Já no dia vinte e quatro a Lua atingirá o ponto da sua órbita mais próximo da Terra: o perigeu. Ao final desse dia o nosso satélite natural estará tão próximo da direção de Saturno, que no sudeste asiático irão mesmo assistir à ocultação desse planeta pela Lua,

Finalmente na noite de dia vinte e sete terá lugar o pico de atividade da chuva de estrelas Delta Aquáridas. Em condições de observação ideais, nesta noite seriam espectáveis até duas dezenas de meteoros por hora.

No entanto, o Quarto Crescente de dia vinte e oito poderá dificultar a sua observação. De notar que algum que outro meteoro poderá pertencer a uma outra chuva de meteoros que tem lugar nesta mesma época do ano, e cujo radiante (ponto do céu de onde parecem surgir) é bastante próximo do das Delta Aquarídeas.

Esta chuva de estrelas, as Alfa Capricornídeas, é um evento ainda mais fraco que a chuva das Delta Aquarídeas, não sendo espectável sequer meia dezena de objetos por hora.

Boas observações!

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