Igreja/Proença-a-Nova: Padre Aníbal celebra 50 anos de ordenação
Vai ter lugar no próximo Domingo, dia 10 de Julho de 2022, na Igreja Matriz de Proença-a-Nova, às 11h30, a celebração das Bodas de Ouros Sacerdotais do Padre Aníbal Morgado, natural de Proença-a-Nova, e Missionário da Boa Nova. Depois da Eucaristia, seguir-se-á um almoço convívio no Galisteu.
Antes da celebração o sacerdote esteve à conversa com o Jornal de Proença.
Jornal de Proença (JP): São cinquenta anos! É uma grande festa, mas gostava de saber como é que tudo isto começou?
Padre Aníbal (PA): Eu nasci aqui num lugar pequeno chamado Galisteu Cimeiro. Na altura, havia umas 200 pessoas, hoje a aldeia está quase deserta. Então nós vínhamos a Proença à escola e minha entrada para seminário foi na quarta classe. Na altura um sacerdote, que eu já não sei o nome dele, foi à escola e perguntou «Quem quer ir para o seminário e ser padre?»
Eu ouvi a pergunta! A questão nunca tinha sido colocada, mas naquele momento estava lançada. Ele depois acabou por dizer que recebia os nomes daqueles que quisessem ir para o seminário, mas que já tivessem falado com os pais e que tivessem já a devida autorização. Eu como não tinha falado com os meus pais não dei o meu nome. Quando cheguei a casa falei com a minha mãe e disse que gostaria de ir. Ela disse logo que não tínhamos dinheiro.
JP: Mas na altura já sabia o que significava isso de ir para o seminário e de ser padre?
PA: Ainda não! Para mim foi uma pergunta normal. Nós víamos os padres aqui mas não sabia bem o significado, mas despertou em mim o desejo de ir para o seminário. A minha mãe mais tarde dizia que eu pedi três vezes. Falei com ela três vezes sobre o assunto, mas eu só me recordo da primeira.
Entretanto, a catequista e algumas pessoas escreveram para os meus irmãos, que já tinham ido para o Brasil e os meus irmãos escreveram para os meus pais para me deixarem ir para o seminário e que nos iam ajudar. Naquela altura as condições económicas eram pesadas. Os rendimentos era só de algum azeite e a resina. Mas no fim, os meus pais lá aceitaram que fosse. Contudo já tinha passado a etapa das matrículas. Então para não perder tudo falámos com a professora, era menina Idalina, e ela ao longo do ano, foi me dando explicações. No ano seguinte então, na época das matriculas, vieram cá os padres de Cernache eu fiz os exames e fui admitido em Tomar. Foi assim que começou a minha caminhada vocacional para o seminário.
Pode ler a entrevista completa na próxima edição do Jornal de Proença
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