Covilhã: Santa Casa inaugura Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes
A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã inaugurou oficialmente a 17 de fevereiro, o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes da Covilhã (CLAIM).
Em funcionamento desde outubro de 2020, o Centro Local de Apoio ao Migrante da Covilhã, com o apoio do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração Social (FAMI), da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), assume-se como o serviço pioneiro de referência ao nível do apoio e acompanhamento dos processos do acolhimento e integração da comunidade migrante residente no concelho da Covilhã.
A Misericórdia da Covilhã é, desde 2016, a instituição local pioneira no acolhimento de cidadãos refugiados sem suporte familiar no distrito de Castelo Branco. Em estreita colaboração com a União das Misericórdias Portuguesas, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Alto Comissariado para as Migrações desenvolve um programa de acolhimento e integração direcionado para estas pessoas, durante um período de 18 meses após a chegada, favorecendo a sua posterior autonomização.
O CLAIM Covilhã é fruto da missão de não só assegurar o acolhimento a imigrantes, pessoas refugiadas e requerentes de asilo, mas também desenvolver uma ação que contribua ativamente para a sua integração social, educacional e profissional.
A cerimónia de inauguração contou com a participação do Vogal do Conselho Diretivo do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), José Reis, por videoconferência, do Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, do Diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Castelo Branco, Nuno Maia, e do Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, António José Neto Freire, além de muitas outras entidades e serviços locais que partilharam a sua experiência de articulação com o Centro Local de Apoio ao Migrante no território da Covilhã.
Neste dia comemorativo, o palco foi dos migrantes e suas famílias quer através da partilha das suas histórias de vida, quer através das atividades interculturais que permitiram a troca de experiências e estimulação do diálogo entre as diversas culturas presentes. O coffee de acolhimento repleto de sabores regionais e do mundo foi da responsabilidade e generosidade dos amigos migrantes naturais de Angola, Iraque, Síria, Brasil, Egito, Cabo Verde e Cuba. As danças e sons internacionais provenientes do Chile, Brasil, Angola e Portugal invadiram o Campus Misericórdia em belas expressões artísticas.
A cerimónia marcante não só para a Instituição, colaboradores e beneficiários, mas também para toda a comunidade covilhanense culminou com uma exposição das habilidades artísticas e dos rostos que retratam a identidade de cada nacionalidade dos cidadãos estrangeiros apoiados pelo serviço.
A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã continuará a trilhar o caminho nesta área das Migrações, no sentido de dar resposta às necessidades específicas das pessoas migrantes, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e intercultural.
