Proença-a-Nova: Corgas inaugurou Casa do Resineiro

A Casa do Resineiro, novo espaço museológico do concelho de Proença-a-Nova que pretende recordar ou dar a conhecer imagens, ferramentas e obras de arte alusivas não só à atividade da resina, mas também da própria vida no campo, foi inaugurada na aldeia de Corgas a 13 de junho, Dia do Município.
Ao recordar o tema da Sessão Solene do dia do Município, a cultura, João Lobo, Presidente da Câmara, afirmou que a Casa do Resineiro “é também uma forma de se manterem vivas as tradições das localidades em que, à semelhança das Corgas, se resinavam os pinhais, com grande impacto na própria evolução da comunidade”.
“A resina traduziu-se numa atividade muito importante durante um largo período do nosso tempo no concelho, mas aqui na aldeia de Corgas ainda com maior evidência. Era um modo de vida e permitiu que muitas famílias conseguissem por os seus filhos a estudar, empenhando-se neste trabalho, mas também no conhecimento”.
referiu ainda o autarca
Também presente na inauguração esteve Susana Menezes, diretora Regional da Cultura que lembrou o facto “de este ser um projeto importante, não só para a Direção Regional de Cultura, mas também para toda a região, naqueles que são os desafios que enfrentamos hoje”. Susana Menezes manifestou ainda a “necessidade de as comunidades terem uma voz ativa na preservação do seu património e identificar o que para si é património, potenciando a visibilidade da sua própria localidade”.
Por sua vez Paulo Martins, presidente da Associação da aldeia das Corgas, começou por “enfatizar o trabalho de Maria dos Anjos Ladeira Novo e de Marcolino Farinha Melo” nos contributos em termos de espólio para a Casa do Resineiro, apontando ao facto daquele que hoje é visto como património cultural ter sido, outrora, “o património económico de toda a aldeia e das famílias que aqui viviam e que tinham a resina como principal sustento. É muito importante escrever e relembrar a história do nosso passado e daqui para a frente transmiti-la às gerações futuras”.
Hoje em dia a atividade da resina desapareceu já por completo do concelho, residindo apenas nas lembranças dos habitantes mais idosos. A inauguração da Casa do Resineiro tenciona recuperar e perpetuar essa memória, resultando da recuperação de um edifício em pedra de xisto, realizada pelo Município.