Sertã lembrou o vilarregense José Cardoso Pires

 Sertã lembrou o vilarregense José Cardoso Pires

O dia de ontem, 2 de outubro, ficou marcado pelas celebrações do centenário do nascimento de José Cardoso Pires. Para celebrar a efeméride, a Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, na Sertã, acolheu uma “Conversa Aberta sobre a Vida e Obra de José Cardoso Pires” dinamizada por Elsa Ligeiro, editora e mediadora de leitura e que contou com uma plateia na sua maioria juvenil. 

Começando por revelar a sua paixão pelo escritor, nascido em São João do Peso, no concelho vizinho de Vila de Rei, Elsa Ligeiro percorreu a vida e a obra do escritor Vilarregense explicando que aquilo que mais a fascinou sempre foi a sua busca pela liberdade “fosse ela política, social ou pessoal”. Numa conversa aberta com os participantes, falou-se de literatura, de história, de filosofia e psicologia, da importância de todos estes aspetos para a própria literatura e da necessidade de reflexão após uma leitura.

refere a autarquia da Sertã

Houve ainda espaço para a leitura, por parte do público, de excertos de algumas das obras do autor,

José Cardoso Pires (1925–1998) nasceu a 2 de outubro em São João do Peso, mas desde cedo viveu em Lisboa onde, entre esporádicas viagens, fez toda a sua vida. Foi jornalista, cronista e coordenador da revista Almanaque, que contou com a colaboração de grandes nomes da literatura portuguesa como Alexandre O’Neill, Luís de Sttau Monteiro ou Baptista Bastos. É considerado um dos maiores escritores portugueses do século XX, tendo publicado 18 obras, algumas das quais adaptadas ao cinema e ao teatro. Tanto o autor como as suas obras foram amplamente premiados, destacando-se por exemplo o Prémio Pessoa ou o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, com a obra “De Profundis – Valsa Lenta”, obra inspirada nas suas vivências resultantes do Acidente Vascular Encefálico (AVE), que sofreu em 1995. Foi condecorado como Comendador da Ordem da Liberdade e agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito ainda na década de 80. Tem o seu nome gravado em ruas portuguesas de norte a sul do país e, em jeito de homenagem da sua terra natal, dá nome à Biblioteca Municipal de Vila de Rei.

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