Sertã: CPCJ debateu silêncio, violência e infâncias apressadas

 Sertã: CPCJ debateu silêncio, violência e infâncias apressadas

As II Jornadas da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Sertã, que tiveram lugar no passado dia 19, na Casa da Cultura da Sertã, sob o tema “Do Silêncio à Ação: Relações que marcam”, apresentaram segundo a autarquia da Sertã “painéis tão inquietantes como emergentes: da violência no namoro à violência sexual, passando por uma agenda infantil cada vez mais sobrecarregada e a problemática de uma adultização cada vez mais precoce”.

Na sessão de abertura, Carlos Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, realçou a pertinência dos temas abordados.

“Estamos a viver tempos de alguma regressão. Valores que considerávamos devidamente assumidos, parece que neste momento são de alguma forma postos em causa. Às vezes, basta atentar na música que os jovens ouvem: se antes procurava liberdade e emancipação, hoje apresenta-se com um conteúdo cada vez mais indigente, sendo muitas vezes machista e misógino”.

afirmou

Voltando ao silêncio, e como fez notar Maria João Fernandes, Vice Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), este assume um duplo sentido: se por um lado é protetor, por outro, e na maioria das vezes, alimenta ciclos de violência, tornando-se o braço direito do agressor.

No final do dia, ficou clara a necessidade urgente de intervenção, consciencialização e sensibilização, junto de crianças e jovens (assim como pais e encarregados de educação) em matérias de violência, adultização e acesso a conteúdos que não são apropriados. Além de prejudicarem nefastamente o desenvolvimento, deixam marcas nas vidas futuras das vítimas, como destacou a atual presidente da CPCJ Sertã, Maria João Ribeiro. Através de relações (sejam elas quais forem) “as crianças podem aprender a confiar e a criar laços… mas também podem aprender o significado de medo, insegurança e violência”, finalizou.

A iniciativa foi pautada por momentos musicais: a abertura das Jornadas foi assinalada pela atuação do Grupo Folclórico da APPACDM da Zona do Pinhal, e o seu encerramento ficou a cargo do Polo Artístico da Sertã do Conservatório de Música de Coimbra. Dinamizadas pela CPCJ Sertã, estas segundas jornadas contaram com o apoio do Município da Sertã.

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