Proença-a-Nova em Paris

 Proença-a-Nova em Paris

O Grupo Coral de Proença-a-Nova associou-se à representação da CIMBB na Festa das Vindimas em Montmartre, Paris, com o apoio das autarquias proencenses, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, que decorreu entre 11 e 13 de outubro, participando no habitual cortejo e cumprindo um programa cultural e religioso previamente delineado.

Assim, na manhã do dia 12, sábado, promoveu um concerto didático/cultural no Lycée Fénélon para a comunidade escolar, essencialmente composta por alunos de língua portuguesa e alguns professores e encarregados de educação, que preencheu quase por completo o amplo auditório. O programa, criteriosamente escolhido e documentado pelo maestro do Grupo, Filipe Vicente, sustentou um elevado nível didático e convivial, realçando as nossas raízes e a nossa língua: Va Pensiero, da ópera Nabuco de Verdi; Benedictus, da Missa Brevis de Jacob de Haan; Look at the world, de John Rutter; Comme D’habitude, de Claude François/Jacques Revaux, com arranjo de Filipe Vicente; Mar no Fundo (Madeira), com letra e arranjo de Victor Costa; Ilhas de Bruma (Açores), de Manuel Medeiros Ferreira; Canções da Tradição, rapsódia, de Luís Cardoso e Siyahamba, espiritual Sul Africano.

Depois, no dia 13, domingo, pelas onze horas, assistimos, no Sntuário de Nossa Senhora de Fátima, igreja imponente, edificada e gerida pelos emigrantes portugueses, inserida num amplo quarteirão, à missa do Crisma oficiada pelo Senhor Bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, e participámos na procissão no interior do Santuário, entoando vibrantemente o “Ó Fátima, Adeus”, dando mais colorido à evocação do 13 de Outubro, última das aparições.

Pelas 14h00, hora pouco propícia, por calhar em cima do almoço, atrasado pela longa missa do crisma, realizámos o concerto programado para a comunidade portuguesa, na Igreja do Santuário, com um programa com base no do dia anterior, a que retirámos as músicas profanas e acrescentámos outras de cariz mais adequado ao espaço sagrado: Kyrie, da Missa Brevis de Jacob de Haan; Ave Verum, de Mozart; Pannis Angelicus, de Cesar Frank; An iris blessing, tradicional, com arranjo de James E. Moore e Proença-a-Nova, com letra do professor Elísio e arranjo do maestro Carlos Gama.

Apesar de só algumas das primeiras bancadas do Santuário estarem preenchidas, pelas razões atrás expostas, o concerto atingiu elevado nível artístico, patenteado pelos entusiásticos aplausos da assistência e reconfirmado pelas opiniões unânimes dos presentes no beberete convívio que se seguiu, na cripta do Santuário, patrocinado pela Câmara Municipal de Proença-a-Nova e diligentemente organizado e reforçado pelo Grupo Coral.

Não podíamos deixar de referir o empenho do senhor conselheiro da Câmara de Paris (14ème Arrondissement), Hermano Sanches Ruivo, que acompanhou o desenvolvimento de todas as diligências e contactos localmente, nunca nos deixando sozinhos, do primeiro ao último dia, sempre gentil e solícito, inclusive para que pudéssemos visitar a Câmara, iniciativa que só à última hora se gorou, por razões de segurança, face a uma manifestação ruidosa que decorria na grande praça fronteira.

Pese embora alguns contratempos inevitáveis que sempre surgem nestas longas digressões e a que a direção do Grupo deu resposta adequada e solícita, nós, os coralistas sentimos que valeu bem a pena todo o esforço empenhado de todos, direção artística incluída, pois regressámos com as melhores expectativas preenchidas.

*Um coralista

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