O Último livro que li

«O wokismo é um fenómeno de origem universitária.
No entanto, o impacto que tem hoje em vários âmbitos das nossas políticas públicas – da educação à família, da saúde ao desporto, da cultura aos media – transportam-no inevitavelmente do campus universitário para o espaço alargado da sociedade e da política.
É hoje neste espaço que é discutido, e é nestas discussões públicas que emergem as maiores perplexidades.
As perguntas que quase sempre afloram são sobretudo estimuladas pelo futuro. Onde iremos parar?
Como aceitar que, no seio de instituições seculares como as universidades, no lugar da liberdade e do gosto pela discussão, se tenha instalado uma cultura de cancelamento em que jovens se entretêm a policiar a linguagem usada por colegas e professores, ou a derrubar estátuas no espaço público?»
Como interpretar a transformação da imprensa em instrumento de promoção ou detração de políticos?
Que pode esperar o cidadão comum das sociedades ocidentais em cujo seio reina e impera este totalitarismo suave que pretende educar consciências, corrigir linguagem, restringir o debata e condicionar comportamentos?
«Para muitos, o wokismo nunca existiu senão como um fantasma agitado pelas mentes mais reacionárias e perversas. Outros, admitindo que existiu, decretam-no hoje morto.
Contrariando estas visões, o espírito deste livro assenta em duas premissas: a primeira é que o wokismo existe e resiste; a segunda, que invadiu, ora com grande alarido, ora de forma mais insidiosa, vários espaços da nossa vida.
Já não está confinado aos círculos mais exóticos da academia ou a nichos de criação cultural, mas impõe-se tanto no domínio público como no privado. (…)
Com a chancela da OFICINA DO LIVRO esta obra, pela mão de dezasseis autores conceituados entre políticos, jornalistas e académicos, alguns mediáticos e com presença regular na televisão, pretendo revelar-nos a origem e as consequências dum movimento que, aparentemente subtil, paulatinamente se introduziu no seio da nossa sociedade, pervertendo ideias, alterando conceitos, sob a implementação de ONG e movimentos que foram criados para tal fim.
Maria Susana Mexia

