Greve Geral? Pensemos bem!

 Greve Geral? Pensemos bem!

O actual governo pretende fazer uma substancial alteração à Lei Laboral vigente.

Um dos aspectos muito discutidos é a implementação de serviços mínimos em alguns sectores que atualmente não é exigível.

Os sindicatos e diversas figuras públicas mostram-se indignados porque, segundo eles, o direito à greve fica comprometido!

Na qualidade de docente não deixo de ficar surpreendida com esta reacção por vezes desmedida, quando há anos, a sociedade presenciou a proibição de docentes fazerem greve em período de exames nacionais!

Não era admissível perturbar os alunos! Aí não se falou em direito à greve! No mínimo esta incoerência é muito estranha. De referir que esta lei ainda vigora atualmente!

Por outro lado, percebesse que os sindicatos tão pouco activos nestes últimos anos, têm de mostrar trabalho!

Finalmente lembro que o governo ganha milhares de euros com um dia de greve por não pagar aos trabalhadores enquanto estes ficam sem um dia de salário, curiosamente os promotores da greve, os dirigentes sindicais não perdem qualquer regalia já que estão a trabalhar para o sindicato, isto é, com a carteira recheada ficam a assistir à perda salarial dos seus sócios!

Só acreditarei na bondade da convocação de uma greve quando esses sindicatos, através das cotas (que são bastante elevadas) retirarem uma parte e fizerem uma bolsa para suprir as perdas dos seus sócios nestas ocasiões.

Finalmente apelo ao governo que solicite serviços mínimos nas horas de ponta no caso dos transportes para que aqueles que pretendam trabalhar o possam fazer!

Antes de tomar uma decisão pensemos bem no que vamos fazer e quais as consequências e não nos deixemos manipular pela comunicação social!

Nuca nos esqueçamos que este governo é minoritário, por isso a oposição pode impedir que a lei avance sem a necessidade de greve, ou seja, de perda remuneratória!

Se esta lei for aprovada a responsabilidade é do governo e da oposição que não votou contra!

*Maria Guimarães

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