Eis que nos chegou um Novo Ano
Ainda envoltos na beleza e tranquilidade do Natal, onde comtemplámos o Presépio e nos sentimos protegidos com a vinda de um Deus-Menino ao mundo para nos salvar, eis-nos à entrada de um Novo Ano, um desconhecido que se aproxima de nós e não sabemos como irá ser, é uma incógnita.
A todos vamos desejando que seja um ano leve, que não traga problemas, doenças, tristezas ou outras inquietações que sentimos efervescer ao redor do mundo e sempre tememos que se abeirem das nossas vidas.
O temor é um estado de alma que cada vez mais se propaga nos nossos dias. Tem-se medo de quase tudo. Muitas vezes, pode ser consequência duma excessiva preocupação pessoal, de exagerada ansiedade por males que talvez nunca cheguem, mas outras resultam duma falta de esperança num mundo melhor, mais compreensivo, mais bondoso, menos egoísta e mais humano.
Não obstante, neste quadro cinzento os homens continuam a lutar, a ter esperança e a desencadear todos os esforços necessários para dar a palavra ao bem, ao melhor, ao que ainda falta fazer para atingirem o patamar que almejaram.
Esta esperança que habita no coração do Homem é uma luz, uma meta, um guia de conduta e de ânimo para erguer os ideais com que sonhou para a sua vida, para a sociedade, para o mundo.
No ar ainda paira a essência do Natal nas palavras ouvidas e repetidas: Jesus Cristo é sempre a nossa segurança no meio das dificuldades e tentações que nos possam assaltar.
Não se trata de sermos insensíveis aos acontecimentos, mas de aumentarmos a nossa confiança e de empregarmos, em cada caso, os meios humanos ao nosso alcance. Não devemos esquecer nunca que estar perto de Jesus, ainda que pareça que Ele dorme, é estar seguros.
Deus vem sempre em socorro dos seus filhos. Mesmo nos casos mais extremos, chega no momento oportuno, ainda que por vezes de um modo misterioso e oculto.
A plena confiança no Senhor, somada aos meios humanos que seja necessário empregar, dar-nos-á uma singular fortaleza e uma especial serenidade para enfrentarmos os acontecimentos e as circunstâncias mais adversas.
A certeza da filiação divina é o fundamento da liberdade dos filhos de Deus, e é nela que o Homem encontra a protecção de que necessita, o calor paternal e a segurança em relação ao futuro, que lhe permitem um abandono simples nas mãos divinas.
Confere-lhe também a certeza de que, por trás de todos os acasos da vida, há sempre uma última razão de bem: Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. Os próprios erros e desvios do caminho acabam sendo para bem, porque Deus encaminha absolutamente todas as coisas para nosso proveito e nunca chega tarde para nos socorrer.
Não tenhamos medo, tudo é acidental e transitório na nossa vida. Afastemos as tensões e as ansiedades que o panorama social nos desencadeia, aproximemo-nos de Deus, façamos d´Ele a nossa fortaleza, a nossa âncora de salvação.
Guiados pela Estrela do Natal não perderemos o rumo, a nossa vida terá sempre sentido aconteça o que acontecer não estamos sós.
É com esta renovada Esperança e Fé que a todos desejo um excelente 2025.