Advento: Vem, não tardes!

 Advento: Vem, não tardes!

Brevemente vamos iniciar novo ano litúrgico, o Ano A, com o Advento.

Podemos comparar este tempo de espera com os longos séculos decorridos entre o pecado original cometido pelos nossos primeiros pais até à Encarnação do verbo.

De facto, todo o Antigo Testamento está orientado para Cristo como una grande espera, com diversas profecias. 

De facto, logo a seguir à queda dos nossos primeiros pais, Deus não abandono o Seu povo, mas promete um redentor e aquando Deus se dirige à serpente: «porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a sua: ela te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Assim, Deus firma a Sua aliança com o Homem. Com Noé, apos o dilúvio Deus renova a Sua aliança que será simbolizada pelo arco-íris.

Através de Abraão Deus forma um povo do qual nascerá Aquele que salvará a Humanidade. São inúmeras as passagens bíblicas que profetizam a vinda de um Redentor, profecias estas, de capital importância pois o próprio Jesus recorre a elas para mostrar que Ele é o Messias prometido, por exemplo “Examinai as Escrituras, pois credes que nelas tendes a vida eterna; e são elas que testemunham a meu respeito.” (Jn 5,39)

Mais tarde se formam as 12 tribos de Israel formadas a partir dos filhos de Jacob que ao morrer disse a Judá “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.

Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. “ (Gn 49,8-10).

Moisés também profetiza a vinda do Messias dizendo “O teu Senhor Deus te suscitará um profeta do meio do teu povo, dentre os teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvireis” (Dt 18:15).

Deus, por meio do profeta Natã, diz a Davi: “Quando os teus dias se cumprirem e descansares com os teus antepassados, levantarei depois de ti um descendente teu, teu próprio sangue, e estabelecerei o teu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho… A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de mim; o teu trono será estabelecido para sempre” (2 S 7:12-16).

Diversos salmos aludem à vinda do Messias e claro, nos livros proféticos, Isaías e Daniel aludem à vinda do Messias, podemos destacar o famoso poema de Yahvé de Isaías.

Conhecedores das Escrituras, é fácil imaginar a grande espectativa que rodeava o povo Judeu em torno da vinda do Messias, os anos passavam e a Sua vinda parecia cada vez mais eminente. Podemos pensar que isto como foi um acontecimento histórico é algo que já passou e, portanto, estamos apenas a recordar o passado.

No entanto, essa vinda é de alguma forma repetida em todas as comunhões que fazemos. Nosso Senhor vem à nossa alma e por isso, o advento será um tempo para reflectirmos se antes de cada comunhão estamos expectantes por esse momento único em cada dia!

Finalmente nestas quatro semanas que antecedem o Natal continuamos, tal como no mês de novembro, a pensar nos Novíssimos, colocando o nosso foco em que um dia mais cedo ou mais tarde Jesus vem definitivamente com toda a Sua glória! Que no nosso pensamento nas nossas palavras estejam espelhadas a frase “Vem Senhor Jesus”

*Maria Guimarães

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