Semana dos Seminários
Hoje o desafio repete-se “Não tenhas medo. Serás pescador de Homens” na Semana de Oração pelos Seminários.
Jesus foi o primeiro a fazer este desafio relatado no Evangelho segundo Lucas (Lc 5, 1-11) e o Papa Francisco, na oração de vésperas no Mosteiro dos Jerónimos no contexto da JMJ, repetiu-o em Portugal.
Vale a pena reler este trecho do evangelho numa linha batismo-vocacional que nos leva aos “Seminários”.
Jesus está no meio da multidão que se junta para escutar a Palavra de Deus. Ao procurar o espaço para começar o seu ensinamento, vê dois barcos nos quais os pescadores estavam a fazer a sua manutenção porque tinham chegado da faina e não tinham apanhado nada. Solicitou as embarcações para seu púlpito e no final do ensinamento, convidou-os a pescar novamente. Pedro, porque era Jesus que desafiava, aceitou lançar novamente as redes e aconteceu uma pesca grandiosa. Ao ver isto, Pedro sentiu-se indigno diante de Jesus e pediu que Jesus se afastasse dele. Também os seus companheiros estavam espantados com o que tinha acontecido. Jesus, perante a reação dos pescadores, lançou outro desafio “Não tenhas receio; de futuro serás pescador de homens.” Os pescadores depois de arrumarem os barcos seguiram Jesus.
Muitos de nós recebemos o batismo, mas este só começa a produzir frutos verdadeiramente depois de escutar a Palavra de Deus e do encontro íntimo e pessoal com Jesus. Quando nos encontramos com Jesus, o primeiro sentimento é de indignidade devido ao nosso pecado. Porém, Jesus aceita-nos incondicionalmente e a sua misericórdia reabilita-nos dos efeitos do pecado e potencia um novo caminho e uma nova missão.
Os desafios de Jesus, a vocação, começam pela realização das tarefas quotidianas e depois, nessas tarefas, acontece o convite a seguí-lo. Para algumas pessoas, o convite é radical. Alguns entram nos seminários e aceitam ser ministros de Jesus na Igreja e no Mundo. Para outros, o matrimónio, a consagração especial e laical serão caminhos para fermentar o Mundo com o Amor de Deus.
Os Seminários são lugares onde os sacerdotes aprendem a formação inicial do seguimento de Jesus. Aprende-se as bases da vida do ministério ordenado. A vida sacerdotal, nos momentos de vazio e de pesca milagrosa, são os espaços de formação contínua do padre que nos encontros com Jesus, muitas vezes, reconhece a sua indignidade e, na sua fraqueza, recebe de Jesus a confirmação na fé e na missão.
Confiar como Pedro, que depois de uma noite, sem pescar nada, chega um dia de grande abundância. A nossa humanidade sem Deus é noite. Contudo, com Deus é dia, esperança, caminho, sentido, caridade, abundância, vida sem fim…
Pedro caiu aos pés de Jesus. Diante de Jesus, a nossa humanidade sai renovada quer nos sacramentos que recebemos, quer nas visitas ao Santíssimo que está no sacrário das nossas igrejas, quer no sacrário humano que é cada ser humano que encontro diariamente onde se esconde Jesus, o coração.
Hoje, rezo pelos seminaristas, seus formadores e suas famílias, porque a Igreja e o Mundo necessitam de homens que sejam capazes de ser esperança em cada paróquia ou missão que vivam; precisamos de pessoas que nos alimentem espiritualmente com a pesca no Espírito Santo; desejamos ser pescados das noites da nossa existência efémera para os dias de realização mais profunda e eterna.
Padre Virgílio
Magusto na Sarzedinha e Montelhado
Nos dias 4 e 5 de novembro, as aldeias de Sarzedinha e Montelhado realizam o seu magusto.
Já começa a ser tradição aliar ao magusto a matança do porco “à moda antiga”.
No primeiro dia, a comissão organizadora matou o porco e, à noite, comem o tradicional “arroz de miúdos”. No dia seguinte, prepara-se um grande almoço com a carne do porco preparado e servido pelas pessoas da terra.
Este ano, para fazer a digestão, houve um momento cultural com danças orientais. Por fim, aconteceu o magusto e a prova da jeropiga.
A comissão organizadora referiu ao Jornal de Proença que o almoço juntou mais de 200 pessoas sendo o momento de maior participação da população. O evento foi patrocinado pelo Câmara Municipal de Proença-a-Nova e pela União de Freguesias de Proença-a-Nova e Peral.
Bolinhos Bolinhos
A tradição dos “Bolinhos, Bolinhos em louvor de todos os Santinhos” ainda se mantém viva nas terras da Cortiçada.
Quer em Proença-a-Nova quer nas aldeias ao seu redor, a tradição foi vivida de forma intensa. Em muitos lugares, às crianças que residem no concelho de Proença, juntaram-se outras, filhas de proencenses que residem fora.
A aldeia do Vergão tem-se destacado nos últimos anos porque organiza o evento de forma peculiar. Depois da eucaristia dominical, distribuiu um saco personalizado com frases motivacionais a cada criança e juntos vão percorrer toda a aldeia a pedir os santinhos.
Parabéns às crianças, aos pais que os acompanham, às pessoas que partilham as guloseimas e outros bens. A alegria de dar e a das crianças que recebem são sinais de esperança neste mundo em guerra e doente.