Proença previne Maus Tratos na Infância
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Proença-a-Nova assinala, uma vez mais, durante o mês de Abril, o Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.
“Serei o que me deres… que seja amor” é o mote da campanha que tem como símbolos os já habituais laços azuis, no apelo à participação de todos na missão de sensibilizar para a gravidade dos maus-tratos na infância.
Neste ano, o grande destaque da campanha no concelho de Proença-a-Nova é a exposição de laços e estatuetas, que pode ser apreciada no passadiço em frente à Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca.
“A CPCJ este ano resolveu fazer aquela pequena exposição que significa a família. Nas figuras ali retratadas podemos ser, estar todos nós, a família, mas também a comunidade. Todos somos responsáveis por proteger as crianças. Além de representar a família queríamos imagens que passassem os afectos de forma a transmitir o amor e o cuidado. Passa tudo muito por aí. É de salientar que de igual forma os laços que ali estão, foram decorados pelas crianças da Educação Pré-Escolar / Jardins-de-Infância e Escolas do 1º ciclo de Proença-a-Nova e da Sobreira Formosa e também do Jardim-de-infância O Cortiço/Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova”
explica ao Jornal de Proença a CPCJ
Além de alertar a comunidade para a prevenção dos maus-tratos na infância, a iniciativa visa também envolver as crianças nesta temática e, nesse sentido, a CPCJ tem “feito muitas acções para que as crianças saibam quais são os seus direitos e que tenham conhecimento do que é permitido ou não, para que elas possam, em alguns casos, terem contactos e alguém com quem falar. E depois, se é o mês delas, o mês da prevenção dos maus-tratos, as crianças têm de estar envolvidas para saberem o significado das coisas e a história que envolve todo este mês”.
Além do trabalho mais visível realizado durante o mês de Abril, a CPCJ desenvolve durante todo o ano outras actividades. Neste ano há a destacar um conjunto de sessões para a prevenção dos abusos sexuais em crianças, realizadas nas turmas do primeiro ciclo, em parceria com a APAV, foi assinalado “o Dia da Não Violência e Paz nas Escolas”, realizou-se um conjunto de três sessões sobre a Violência no Namoro para as turmas do sétimo ano. A CPCJ garante ainda que até ao final do ano “vamos ter outras actividades já agendadas”.
Quanto ao número de casos, a CPCJ refere que o número é baixo mas não deixa de ser expressivo e causa de preocupação social, “pode haver um aumento ou diminuição mas não é significativo”. Já as causas da abertura de processo são na maioria por “Violência doméstica e ou negligência grave”. A propósito, a CPCJ sublinha que “Não podemos ignorar nada. Se formos abordados na rua por um cidadão que nos faça uma denúncia ou dê uma suspeita, temos que trazer o caso à comissão. Nós estamos no terreno a toda a hora. Os casos chegam um pouco de todas as formas”, afirma ainda a CPCJ ao nosso Jornal.
A CPCJ explica ainda que o seu trabalho é “uma caminhada que se faz todos os dias, é um caminho contínuo. Todos os dias há coisas novas. É uma caminhada que tem um início mas não um fim. Os processos que chegam têm um fim mas o nosso trabalho não. Mas há um dado adquirido que é positivo: há um maior conhecimento do que é uma CPCJ, e falamos a nível geral do país, e também há uma evidente consciencialização dos mecanismos que existem e da necessidade e obrigação cívica de denunciar o que está mal”. É um trabalho que a CPCJ considera de todos: “escolas, Forças de Segurança, Segurança Social, Autarquias, Saúde, IPSS, isto para dizer que todos somos importantes, necessários na prevenção dos direitos e protecção das crianças “.
Registe-se que, no próximo dia 30, pelas 11h, terá lugar a realização do já tradicional Laço Azul humano nos Jardins-de-Infância e nas escolas do concelho, com a particularidade de neste ano o Laço Azul Humano também ser feito com todos os alunos no campo de jogos da Escola Pedro da Fonseca.
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