A urgência de contar com os melhores


Em qualquer desafio que se preze, é urgente contarmos com aqueles que podem fazer a diferença.
Num momento tão único na nossa história, com a realização das eleições legislativas no próximo dia 10 de março de 2024, os representantes de cada um dos onze concelhos do distrito de Castelo Branco, não devem faltar à chamada.
Os desafios a colocar ao desenvolvimento da Beira Baixa são tantos, que só os atores que irão encarnar a possibilidade de ser deputados devem ter essa imensa responsabilidade de representar a vontade dos seus concidadãos num exercício de competência e fiabilidade.
Fatores que não se conquistam durante umas breves aparições a cumprimentar eleitores nos dias destinados à realização de campanha eleitoral.
Mas cujas opiniões deveriam ter sido escrutinadas na leitura dos artigos escritos ou participações nos mais diversos eventos.
A aposta no desconhecido, por vezes, traduz-se num salto de fé de dimensões impercetíveis, cujos resultados podem ser desastrosos.
A esse propósito, relembro as características particulares do nosso Círculo Eleitoral, que apenas elege 4 deputados, com pouco mais de 163 mil eleitores, com uma tendência desmesurada para a diminuição.
Já faltará pouco para voltarmos a descer a nossa representatividade na casa da democracia portuguesa, passando apenas a ter 3 deputados como representantes das vontades e anseios de todos os corajosos que continuam a acreditar e a viver no nosso Distrito e no nosso Concelho de Proença-a-Nova.
Nesse sentido, e com espírito de elevação democrática, entendo que deverão ser os mais conhecedores a ter espaço nos respetivos espaços políticos a ter a oportunidade de nos representar, pela qualidade do trabalho feito, quer a nível político, profissional, associativo e comunitário.
Não sou, como nunca fui, adepto de paraquedistas políticos escolhidos pelos aparelhos partidários para representarem um papel durante a campanha eleitoral, para depois serem colhidos pela amnésia de lutarem pelos projetos que ambicionamos para o nosso desenvolvimento.
Por isso, como qualquer combate político digno, nós queremos os melhores combatentes políticos a representar as diferentes forças políticas.
Só esses tem a capacidade de nunca desistir dos sonhos dos beirões.
O quanto eu gostava que o Partido Socialista tivesse escolhido João Paulo Catarino como candidato às próximos Eleições Legislativas.
Teria a certeza, apesar de ser adversário político, que faria um excelente serviço no hemiciclo, falando de algo que é muito caro à nossa região, as nossas florestas.
Sim, divergimos tanta vez, tivemos posições diferentes outras tantas, mas isso não me impede de afirmar que, quem tem estatuto político governativo, não poderia deixar de estar presente neste momento, onde todos são precisos.
A política não tem sempre de ser um espaço de confronto permanente, sobretudo em altura eleitoral, mas também pode ser um local de reconhecimento num território sem plano B.
A próxima legislatura tem de ser, obrigatoriamente, um tempo de desenvolvimento com novas propostas, com foco na inovação e execução de novos projetos e prioridades, com enfoque na construção da famigerada Barragem do Alvito, na abolição das portagens na A23, como defendido por todos os partidos políticos, mas que, durante oito longos anos foi colocada na prateleira, até ignorando propostas apresentadas, votadas e aprovadas na Assembleia da República, na baixa generalizada dos impostos para todas as faixas etárias e uma visão direcionada para um aproveitamento económicos das nossas florestas, começando a idealizar a criação dos mercados locais de carbono, área onde o concelho de Proença-a-Nova poderia ter um papel de liderança nacional, integrando esta ideia como referência no pacote de fundos comunitários do Portugal 2030.
É essa a expetativa de discussão para o próximo ciclo governativo, situarmos a nossa disputa política num nível de conversação bem acima da discussão de taberna, correspondendo aos interesses dos beirões, no geral, e dos proencenses, em particular.
Ser incisivo e pragmático não significa ser mal-educado. Resolver problemas, não se pode situar na berraria do decibel.
Precisamos sempre daqueles que podem fazer a diferença.
Dos melhores.
Se os números nos prejudicam, só a qualidade nos poderá ajudar. É com esses que contamos para construir o futuro.
Afinal, a mudança está nas suas mãos. É tempo de tomar decisões.
Eu, enquanto candidato às próximas Eleições Legislativas, só posso ACREDITAR na sua decisão.