Oleiros recebe Medalha de Mérito Cultural

A Câmara Municipal de Oleiros foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural pela Confraria do Caco, em reconhecimento pelos serviços prestados em prol dos artesãos e do artesanato português. A entrega do Diploma e da Medalha teve lugar na Biblioteca Municipal de Santo Tirso, no dia 1 de dezembro, numa cerimónia integrada no 24.º Capítulo da Confraria do Caco.
Em representação do Município esteve o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Paulo Urbano, que recebeu a distinção das mãos de Delfim Manuel, artesão fundador da Confraria
“O Município de Oleiros tem desempenhado um papel exemplar na preservação das tradições e no incentivo à criatividade dos artesãos, sejam eles locais ou que venham se outros territórios. A dedicação em recuperar espaços, apoiar os criadores e promover o artesanato junto do público é um verdadeiro exemplo de como a cultura e a tradição podem ser valorizadas de forma consistente e sustentável”.
sublinhou Delfim Manuel
Paulo Urbano expressou “enorme gratidão e orgulho” por esta honra, sublinhando tratar-se de “mais um reconhecimento de um longo trabalho de valorização e promoção cultural desenvolvido pelo Município de Oleiros”. Parte desta aposta na revitalização artesanal concretiza-se através da implementação da Rede de Artes e Ofícios.
“Identificámos várias escolas devolutas com potencial para serem transformadas em oficinas de artesanato”
afirmou o Vice-presidente
Foi neste contexto que se instalou no concelho o artesão Luís Pinheiro, oriundo da zona de Gaia, cujo trabalho permitiu estabelecer a primeira ligação com o mestre ceramista Delfim Manuel. Atualmente, vários artesãos trabalham no Concelho de Oleiros.
“A Câmara Municipal estabelece, em regime de contrato de comodato, a cedência de instalações para que os artesãos possam desenvolver as suas atividades”
acrescentou Paulo Urbano
O Vice-presidente partilhou ainda um sonho pessoal: ver “a fotografia e a imagem dos artesãos nos cartazes de feiras e eventos ao nível daquelas que são feitas aos artistas musicais”, ambicionando elevar a visibilidade e o reconhecimento destes criadores. Concluiu reforçando que “o artesanato tem de ser valorizado”, não apenas pela sua importância cultural, mas também pelo papel fundamental que desempenha na identidade, na economia e no futuro das comunidades do interior.
