O último Livro que li
A Mulher com Sete Nomes: História de uma refugiada da Coreia do Norte
A epopeia de Hyeonseo, uma jovem de dezassete anos que decide abandonar a Coreia do Norte, numa fuga que revela determinação e coragem únicas.
Entre o medo, o controle policial, o suborno e a luta pela sobrevivência, esta história verdadeira não cessa de nos explicar o terror e o horror que é viver num ambiente tenebroso.
Ao longo das muitas fugas da narradora, vamos compreendendo como a Coreia do Norte, apesar de se autodenominar um governo de república popular socialista é, na verdade, uma autocracia, um regime de governo ditatorial liderado por um único partido e pela figura de um líder absolutista.
O país possui um governo fortemente centralizado, baseado no controle total da população local, além da ausência de partidos políticos e de entidades civis.
É o país mais fechado do mundo e um exemplo mundial de repressão aos direitos humanos e de perseguição à população civil.
A fome e toda a ausência de sentido de vida, de contactos com o exterior e de sucessivas perseguições, muitas das quais acabavam em campos de trabalhos forçados ou condenados à morte.
Mas a Coreia do Norte é um país onde o sentido de família, de interajuda e protecção entre todos os membros é magnífico.
Assim, a nossa fugitiva volta a correr todos os muitos perigos para tirar a mãe e o irmão daquele “inferno” e poder tê-los consigo numa tranquila vida familiar noutro lugar, noutro país.
Com um final feliz, este livro editado pela Planeta, não deixa de nos surpreender pela realidade fria, crua e nua, da vida das suas gentes em pleno século XXI.