O óbice da neutralidade

 O óbice da neutralidade

Há uns dias, em conversa, foi-me oferecida a seguinte frase: Não sei que raio de sociedade criámos para nós próprios. E eu senti como se fosse um desabafo meu.

Tenho visto coisas estranhíssimas a acontecer nos últimos…diria, 3 ou 4 anos.

Parece que a sociedade foi acometida de uma falha geral do bom senso e quem não pensar de forma exótica, é mau. É muito mau.

Não podemos ser neutros relativamente a algum tema fraturante. Temos mesmo de ser contra.

Todavia, como numa enxurrada de contrariedades, que realmente é, surge uma contrariedade que, para além de ser triste, é danosa. Refiro-me à educação de crianças como sexualmente neutras. Aí, parece que a neutralidade é aceitável por alguns.

Isto é uma falta de cuidado com as especificidades com que cada um nasce, especificidades essas que parecem ser uma infração. Porque ninguém pode nascer já do “lado arrumado da casa” – ao que parece. Devemos andar desvairados à procura de caos, de desconstrução. Ao invés de disfrutarmos do que já nos foi concedido e darmos o melhor a partir daí.

Ainda na barriga das suas Mães, os recetores cerebrais são impregnados de uma quantidade predominante de estrogénio (no caso das meninas) ou de testosterona (no caso dos meninos) e isso vai, quer neguem ou aceitem, condicionar a sua vida.

Quando assim não é, estamos perante situações clínicas de não receção hormonal no cérebro e, as pessoas nessa condição precisam de apoio médico. Por favor.

O fato é que rapazes e raparigas nascem diferentes. Os homens têm tendencialmente mais força e as mulheres têm tendência para comportamentos maternais. É biológico. É hormonal. É científico.

O peito de uma Mãe é o lugar mais “ergonómico” para uma criança – dá que pensar, não?

Quando a minha filha mais velha nasceu, senti pela primeira vez que o meu colo foi feito para um bebé. Ela encaixava-se na perfeição em mim. Foi um momento que nunca me esqueci.

Há que deixar as crianças fora das politiquices. Deixemos esses expedientes ideológicos para fora da esfera infantil.

A ideia de que é tudo relativo é uma grande trapalhada!

Eu percebo a ideia de procurar sempre que homens e mulheres tenham iguais direitos e dignidade. Mas nessa ânsia são feitos tantos estragos pelo meio…

Então, tendo esse cuidado em mente, mais uma vez se solicita: Deixem as crianças em paz!

 *Abigail Vilanova, Gestora de Recursos Humanos

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