O nosso maior “Livro da Raça”

 O nosso maior “Livro da Raça”

O último Livro que li…

Maria Susana Mexia, Professora de Filosofia

Luís de Camões, o imortal cantor das glórias de Portugal, cavaleiro e fidalgo, não teve uma vida fácil, nem tranquila. Poeta e cortesão partiu para o Oriente ao serviço do Império. De desterro em desterro sempre foi acompanhado por uma inquietação literária, marcada pelo humanismo, tão característico daquela época. O espírito do nosso poeta renascentista acalentou o objectivo de engrandecer os Homens, a “Gesta Lusa”, acompanhado pela crença cristã, pois para ele a religião de Jesus sobrepunha-se a todas as grandes mitologias pagãs.

Camões constrói o seu poema épico segundo o cânone clássico e nele narra a viagem de Vasco da Gama para descobrir o caminho marítimo para a Índia.

A acção começa quando a Armada já se encontra no Oceano Índico, perto da Ilha de Moçambique, a meio da viagem, e narrando uma realidade histórica introduz no seu poema os mitos greco-romanos.

Camões elogia os Portugueses que lutam a favor da Cristandade e reprova o que se passa em outras nações europeias, como a Alemanha e a Inglaterra, que embora se intitulem cristãos se aliam ao sultão muçulmano contra os portugueses, em vez de disputarem senhorios de Mouros e Turcos.

O propósito de Camões, além de querer dar um final feliz àquela aventura, é exaltar os feitos dos portugueses, considerando-os heróis, “que desejaram no mundo ser tamanhos a procederem de forma corajosa, sempre em luta por fortes ideais, quer na guerra, quer na paz”.

Os Lusíadas são um poema verdadeiramente humanista, uma afirmação de fé e de orgulho nas capacidades do Homem e também pela elevação que faz da língua portuguesa, tornando-a capaz de exprimir todos os novos conhecimentos, conceitos, ideias e reflexões filosóficas”. O livro SABER OS LUSÍADAS, de Cecília Rezende, recentemente lançado pelas Edições Vieira da Silva, de uma forma completa mas não complexa, guia-nos luminosamente e de forma abrangente por “este monumento eterno da Portugalidade”.

“Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem neptuno e Marte obedeceram,
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta”

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