Felicidade: um direito ou um dever?

 Felicidade: um direito ou um dever?

Acreditar que a felicidade se alcança acumulando dinheiro, colecionando parceiros conjugais como se fossem troféus de caça, viajando pelos lugares mais exóticos do planeta, degustando as mais inimagináveis iguarias, correndo atrás das solicitações mais extravagantes que a imaginação e a mira do lucro não cessam de criar, é muito pouco, é efémero e alienante, acentuando cada vez mais um vazio que se sentia aproximar e não foi possível afastá-lo.

A humanidade atingiu um elevado conhecimento de tecnologias de ponta, de economia, de conforto, de vida mais fácil e mais longa. Porém, a todo o momento somos confrontados com terríveis e assustadoras catástrofes naturais, humanas e desumanas.

Não obstante todo o desenvolvimento conseguido, verificamos que na realidade a felicidade não se compra nem se ganha, a felicidade dá-se, nomeadamente a começar na célula base da sociedade, a família.

Vale a pena recordar aquelas maravilhosas palavras de Leon Tolstoi no romance Anna Karenina” Todas as famílias felizes são parecidas, ao passo que cada família infeliz, é infeliz à sua maneira”.

Não é fácil explicar em que consiste a felicidade, não é um estado de ânimo, nem de euforia nem de entusiasmo. Para alguns poderá ser a satisfação de todos os desejos, mas como este estado é instável e não tem limites definidos, nunca estão satisfeitos e cada vez se sentem mais tristes e infelizes.

A felicidade é sempre fruto da entrega aos outros, de viver a vida dos que nos rodeiam com mais interesse e atenção do que se fosse a nossa. É, foi e será sempre assim em qualquer parte do mundo, não obstante a classe social a que se pertença.

A felicidade será então um efeito colateral, do qual só usufruem os que põem o centro da sua vida fora de si mesmos. Temos de desenvolver todos os meios ao nosso alcance para tornar os outros mais felizes e ao empenharmos a nossa vida nessa tarefa, conquistaremos também a nossa felicidade.

“ A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a forçar em sentido contrário acabará por fechá-la ainda mais”.

*Maria d´Oliveira

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