Efeitos nocivos da “ideologia de género”

 Efeitos nocivos da “ideologia de género”
Michele Bonheur, Tradutora

A disforia de género é um transtorno psiquiátrico que deverá ser tratado por especialistas em saúde mental em parceria com pais, afirma o grupo médico.

Apesar do princípio básico da medicina orientar os médicos a “antes de tudo, não fazer o mal”, uma forma controversa de tratar a disforia de género está a causar grandes males, alerta uma organização norte-americana de médicos.

Na declaração “A Ideologia de Género Prejudica as Crianças”, a Associação de Médicos Católicos (CMA, pela sigla em inglês) afirma:

“O movimento de redesignação sexual é uma vasta e não regulamentada experiência que se baseia em estudos com elevada taxa de desistência, estudos de controlo não fiáveis, nenhum estudo de longo prazo foi efetuado após os primeiros cinco anos de intervenções estruturalmente e/ou funcionalmente mutilantes e de consequências de longo prazo e irreversíveis”.

 “Os pais e tutores devem ser livres para determinar a melhor forma de enfrentar este desafio com amor, por meio de um consentimento informado que não seja obstruído por políticas ideológicas que lhes neguem esse direito”.

A CMA expõe esses dados científicos no relatório, publicado em 8 de setembro, citando o American College of Pediatricians ao distinguir entre “género”, termo que se refere às características psicológicas e culturais associadas ao sexo biológico, e “sexo”, termo biológico que indica a masculinidade e a feminilidade. Género é um conceito psicológico, diz a CMA: “Identidade de género refere-se à consciência que um indivíduo tem de ser homem ou mulher, referida como o ‘género vivenciado’ de um indivíduo”.

O entendimento tradicional da disforia de género infantil era o de que ela refletia um pensamento confuso por parte da criança, prossegue a declaração. “A abordagem padrão era a espera vigilante dos pais com o acompanhamento de um especialista em saúde mental. Os objetivos da terapia eram abordar a patologia familiar quando presente, tratar quaisquer sintomas psicossociais na criança e ajudá-la a integrar a identidade de género com o seu sexo biológico.

Mas, já não é esta a abordagem padrão, realça a CMA, hoje existe uma verdadeira indústria de tratamentos de “afirmação” da disforia de género que, nos últimos anos, tem vindo a influenciar crianças e jovens por parte dos sistemas educativos, dos programas das escolas e de algumas políticas.

Segundo o relatório da CMA, “o assim chamado ‘tratamento’ para a disforia de género nos EUA inclui a afirmação da confusão da criança, o bloqueio químico da puberdade, a alteração das hormonas sexuais para toda a vida (testosterona para as meninas e estrogénio para os meninos) e ainda cirurgias mutilantes”.

 “O protocolo consiste em afirmar a confusão da criança por meio da mudança de nome e facilitar a personificação do sexo oposto já aos 3-4 anos de idade. Em seguida, a puberdade é suprimida com análogos do GnRH (hormona libertador de gonadotrofinas) aos 10-11 anos de idade. As hormonas bloqueadoras da puberdade ‘interrompem o crescimento ósseo, diminuem a densidade óssea, impedem no adolescente a organização e o amadurecimento cerebral dependente de esteroides sexuais e inibem a fertilidade’ (American College of Pediatricians, 2018).

(…) A alteração das hormonas sexuais está associada a riscos perigosos para a saúde. A administração de estrogénio para meninos tem o risco de desenvolver tromboembolismo, lipídios elevados, hipertensão, diminuição da tolerância à glicose, doenças cardiovasculares, obesidade e cancro de mama. As meninas que recebem altas doses de testosterona correm o risco de desenvolver lipídios elevados, resistência à insulina, doenças cardiovasculares, obesidade, policitemia e efeitos desconhecidos nos tecidos mamários, endometriais e ovarianos (American College of Pediatricians, 2018)”.

Se as alterações nas crianças forem mais além nos “cuidados de afirmação de género”, poderão ser submetidas a cirurgias mutiladoras, conforme continua a CMA:

“As cirurgias mutilantes para meninas incluem mastectomia bilateral, histerectomia e remoção dos ovários. Meninas de 14 anos chegaram a sofrer a remoção de seios completamente saudáveis. Elas também podem ser submetidas à remoção da pele de outra parte do corpo para fixação na pélvis a fim de simular um pénis. A cirurgia genital para homens inclui a remoção dos testículos e a dissecção do pénis, bem como a sua inversão numa ferida pélvica.

American Society of Plastic Surgeons

É imperioso e urgente que tomemos em conta toda esta tragédia que está a acontecer com a nossa juventude, que estejamos bem conscientes e informados da leviandade com procuram destruir a identidade sexual dos mais jovens, baseado numa ideologia perversa, sem bases científicas e apoiada por empresas de saúde e de medicamentos, cujo lucro é o seu fim.

É essencial o tratamento por um especialista em saúde mental que aborde o transtorno mental da criança de acordo com a correta compreensão da natureza da pessoa humana.

Os pais devem unir-se e trabalhar juntos para impedir que estas influências perniciosas cheguem aos seus filhos através de toda a informação e defender tratamentos apropriados e eficazes que afirmem a verdade sobre a integridade da pessoa humana como um todo, nascido homem ou mulher, unidade sagrada de corpo e alma.

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