Cirurgia robótica para prótese da anca

 Cirurgia robótica para prótese da anca

Acaba de ser efectuada, pela primeira vez em Portugal, uma cirurgia robótica para colocação de prótese da anca.

Pedro Marques

A intervenção foi feita no Centro Cirúrgico de Coimbra, pela mesma equipa que desde há algumas semanas tem vindo a realizar, com extraordinário êxito, a cirurgia ao joelho com recurso a robótica.

Essa equipa é constituída pelos cirurgiões Pedro Marques e António Figueiredo, que fizeram uma intensa especialização neste tipo de intervenções, e que referem:

“Após mais de uma dezena de intervenções ao joelho, fizemos agora a primeira intervenção para substituição da articulação da anca. O investimento em novas tecnologias tem permitido percorrer este caminho de evolução natural”.

E acrescentam:

“Os cirurgiões ortopédicos e os doentes depressa perceberam as mais-valias e a segurança que a cirurgia assistida por robótica trouxe para a ortopedia”.

A substituição (total ou parcial) da articulação da anca ou do joelho tem vindo a aumentar, na sequência de fraturas ou por desgaste das articulações.

É este tipo de intervenção que a robotização veio simplificar, permitindo mais segurança, mas também uma adaptação às próteses mais fácil, mais rápida e mais perfeita, graças à extraordinária precisão proporcionada pela robótica.

O processo inicia-se com uma consulta de preparação da cirurgia. O doente faz depois uma TAC (Tomografia Axial Computorizada) que vai guiar toda a atuação cirúrgica, pois permite criar o modelo 3D da articulação que vai ser substituída e das articulações adjacentes, indicando a melhor forma de intervir.

Todo o procedimento é personalizado em função das centenas de imagens que são obtidas nessa TAC, possibilitando recuperar a tipologia biométrica existente antes da doença.

Depois, na cirurgia, esta informação permite que o ortopedista ajuste, com extraordinária precisão, o posicionamento e a atuação do braço robótico.

No caso da anca, as vantagens da assistência robótica incluem uma melhor função biomecânica, mas também menos erros de dismetria (perna mais curta), poupança de osso e menor taxa de luxação.

O estudo preparatório inclui uma avaliação dinâmica da báscula da bacia, entre a posição de sentado e em pé, o que permite, primeiro, a escolha do tipo de implante mais adequado, e depois ajustar o seu correto posicionamento em cada doente.

O reforço da segurança fica, assim, garantido, tal como uma redução do tempo de internamento e uma recuperação mais rápida.

Trata-se, pois, de mais um avanço muito significativo nesta área da cirurgia ortopédica.

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