Capela de São Sebastião

 Capela de São Sebastião

Memórias da Cortiçada

Por devoção, um familiar de Sebastião Farinha Tavares (Administrador do Concelho de Proença-a-Nova até à proclamação da República) mandou construir no Vergão Cimeiro no ano da Graça de 1833 uma pequena capela em Honra do Mártir São Sebastião, protetor contra a fome, peste e guerra.

Até ao ano de 1943 foi o único local de culto existente na aldeia, talvez tenha servido como fonte de inspiração para o elevado número de crianças batizadas com o nome de Sebastião.

Na década de 60, com o surgimento da guerra colonial, os jovens com idade de cumprir serviço militar solicitaram aos proprietários que fosse permitida a celebração de uma festa pela data do seu padroeiro (20 de Janeiro) para pedir proteção na sua passagem pela vida militar.

Depois de muitos anos a tradição foi reativada pelos atuais proprietários que têm feito os possíveis para recuperar a capela e manter a tradição viva. Existem atualmente na aldeia apenas dois residentes com o nome Sebastião e que também tudo têm feito para que a tradição se mantenha.

A foto é de 1960 e foi enviada pelo filho João Luíz de Carvalho Tavares para sua mãe Maria Albertina da Silva Carvalho Tavares, proprietária da capela e que por motivos de saúde estava a residir em Lisboa. Esta tinha muito apreço pela sua capela e em resposta escreveu ao filho uma carta de agradecimento da qual transcrevo.

“Gostei muito da fotografia que mandaste e o que tem graça é que eu julgava que vinham a sair da Igreja do Vergão Fundeiro mas afinal vi que era a nossa capelinha, e vê-se a nossa casa ainda mais apreciei. Tu estás muito bem o que foi pena foi a fotografia ter aquele defeito a meio, ainda quis mandar arranjar mas dizem que é defeito de chapa que não se pode tirar. Lisboa 24- 10-960 Albertina”

*Edite Fernandes

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