“Bricolagem perigosa” – sexo fluido
Creio que todos nós, em grande maioria, temos a noção muito clara do que é o sexo, qual o seu fim, como nos define e como com ele nos identificamos.
Não sou um especialista em sexologia, muito menos um comentador, mas creio que um pouco de bom senso e de espírito livre e independente, é suficiente para abordar com honestidade este tema.
Constatamos que os seres humanos, homens e mulheres cujas identidades e funções não foram atribuídas de forma aleatória, fazem parte do seu património biológico e não podem ser trocados livremente ao sabor das modas, dos ventos ou das nuances.
Não pretendo recorrer ao Génesis, sobejamente conhecido por muitos, ignorado por outros e aviltado por alguns.
Os corpos masculinos e femininos revelam que são feitos um para o outro, para em conjunto procriarem os filhos tornando-se essa missão visível por meio do corpo sexuado, na relação mais íntima da sua união física e espiritual.
Nas décadas mais recentes surgiram algumas ideias um pouco à margem do que é a riqueza e a importância do corpo humano, sobre a sua funcionalidade e colidindo até com as respostas científicas. À Biologia sobrepõem a cultura social, fluida e adaptada aos interesses de defesa de grupos gay e similares.
Com estes atropelos querem realçar a importância da construção da humanidade ao sabor ideológico, muito subjectiva, artificial, com alterações substanciais no campo dos Direitos Humanos, onde passa a prevalecer o “eu quero” …
O corpo humano é algo mecânico, possui um sentido. Tem uma natureza, um princípio de identidade e operação intrínseco, que é anterior a qualquer coisa que pensemos a respeito dele. Essa natureza não é o resultado de uma interação de átomos ou moléculas, mas faz parte de um todo maior definido como Pessoa.
Recentemente, foram colocados debates no ensino, procurando implementar a ideia de cambiantes sexuais, como temos vindo a assistir na Disciplina de Cidadania, a chamada Ideologia do Género.
Convém ter presente que sexo é um fenómeno biológico e pessoal, ao passo que género é um fenómeno gramatical. Muitos idiomas têm os géneros “masculino, feminino e neutro” para substantivos e adjetivos, mas até os animais só possuem dois sexos: masculino e feminino.
Estas pressões e insistência são surreais e muito perversas. Devemos estar muito atentos para não nos deixarmos influenciar por programas, filmes ou novelas, cujo tema é este com a finalidade de nos perverter e convencer.
É deveras esclarecedor da enfermidade ideológica de que estas correntes sofrem. Deixo algumas definições de sexo fluido para o leitor poder mais facilmente compreender a dimensão desta aberração.
Fluido sexual acontece quando a pessoa tem divergência entre os sexos, as pessoas que tem essa “bipolaridade sexual” tendem a ter dois nomes, um para cada sexo.
O fluido sexual consiste em homens ou mulheres que são bissexuais (maioria), mas que em certos dias preferem ser chamados por nomes femininos ou masculinos, dependente do sexo. Sabendo que umas vezes se pode sentir como mulher, outras homem, ambos ou nenhum.
O “fluido sexual”, normalmente chamado de “sexo fluido”, é uma identificação de género em que uma pessoa se pode reconhecer tanto como homem quanto como mulher. As pessoas que se distinguem desse modo podem ter dois nomes (um feminino e outro masculino), ou se talvez se identificarem mais com um dos sexos do que do outro, apenas um nome, também podem apresentar personalidades tanto masculinas como femininas, ou, por vezes, não apresentam nenhuma das duas, tornando-se neutra.
*Manoel Maria e Vasconcelos – Professor e Investigador