Autarcas enviam carta alertando para “apoios urgentes” no pós-incêndio

Os Presidentes das Câmaras Municipais de Oleiros, Fernando Jorge, Proença-a-Nova, João Lobo, e de Castelo Branco, José Augusto Alves, dirigiram uma carta ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, aos Ministros da Coesão, do Ambiente, das Infraestruturas e da Agricultura e aos Secretários de Estado das Florestas e das Autarquias Locais. a relembrar os extensos danos sofridos pelos concelhos na sequência do incêndio que devastou parte destes concelhos entre os passados dias 13 e 16 de setembro.
Na carta, que se transcreve de seguida, os autarcas alertaram para as medidas e apoios urgentes que é preciso tomar na sequência daquele que foi considerado o maior incêndio florestal da Europa no presente ano.
“Excelência,
Os nossos respeitosos cumprimentos.
Como é do conhecimento de V. Exª, os nossos Concelhos de Castelo Branco, Proença-a-Nova e Oleiros sofreram um incêndio devastador nos dias 13, 14,15 e 16 de setembro, tendo sido considerado o maior fogo deste ano na Europa.
Neste incêndio, muitos habitantes que praticavam uma agricultura de subsistência, perderam as suas hortas, pomares, vinhas e os alimentos de animais domésticos.
Quanto às habitações não arderam casas de primeira habilitação, embora várias sofressem significativos danos, quer a nível de janelas, portas e telhados bem como fachadas. Arderam sim, vários anexos agrícolas (palheiros, anexos de habitações, alfaias agrícolas, vedações, canos para rega…)
Existem vários munícipes com necessidade de apoio social e psicológico, apoios esses que têm estado a ser dado por equipas dos Municípios.
Acrescem a destruição de muitas infraestruturas municipais, desde estradas a sinalética.
Com as chuvas, uma grande quantidade de carvão vai correr para as barragens que abastecem imensas povoações incluindo Lisboa, havendo ainda o perigo de derrocadas que se não se atuar para as evitar vão acontecer imensos acidentes.
Para tudo isto são necessárias verbas que os Municípios atingidos não possuem e esperam a solidariedade do Governo Central para minimizar todos estes enormes prejuízos.
Medidas já anteriormente tomadas noutros incêndios podiam ser uma ajuda para as populações e Municípios donde destaco: 1. Um apoio simplificado à reposição do potencial agrícola até 5 mil euros por proprietário. 2. Bonificar a madeira ardida 3. Isentar o IRS aos proprietários que vão ser obrigados a vender a madeira, ou permitir que as verbas recebidas da madeira ardida possa ser incluída no IRS em vários anos (sugerindo 10 anos). 4. Um apoio para a replantação de medronheiros (considerados como corta fogo, mas que também arderam) e apoio para as vedações ardidas. 5. Uma ligação viária entre Castelo Branco e Oleiros, permitindo assim reduzir os custos das matérias-primas produzidas no Concelho de Oleiros, diminuindo a distância em cerca de 20 Km e ajudando a combater o despovoamento. 6. Apoio quer através da APA quer da CCDR-C ou mesmo do Ministério competente, para repor as infraestruturais agora destruídas.
Certos do bom acolhimento destes nossos pedidos, Subscrevemo-nos com a mais elevada consideração e estima, Os Presidentes das Câmaras de Castelo Branco, Proença-a-Nova e Oleiros”
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