Alegria: desejo comum
Se olharmos à nossa volta existe um desejo comum em sermos alegres mas poucos que se interrogam.
Comecei por ir ver o que o meu motor de busca nos mostrava sobre a alegria; encontrei uma descrição extremamente pobre: “a alegria é um sentimento de contentamento, do prazer de viver, júbilo, satisfação, exultação. Nas pessoas costume ser expressa através de sorrisos”.
Se eu comparasse um sorriso dado por alguém em resposta ao seu olhar para um quadro, estaria classificar a arte de um modo reduzido e limitativo.
Para o cientista António Damásio, no seu livro “Sentimento de Si” :… sei a possibilidade da experiência mental dos estados do corpo que os sentimentos nos proporcionam, não nos seria possível concentrar a atenção em certos problemas e certas opções de resposta de modo a aceitar ou a formular as melhores alternativas e de forma a rejeitar as menos boas?” Sempre me despertaram muita curiosidade todos os seus livros.
Mais tarde conheci a alegria que não vem só dos sentimentos e que não se encaixa em todas estas afirmações.
Jhon Piper tem uma frase num livro que vai muito de encontro ao meu pensamento – “contentamo-nos em continuar a fazer bolinho de areia na favela porque não conseguimos imaginar o que significa a oferta de férias numa praia (livro “Plena Satisfação em Deus”).
Poderão entender a alegria que Deus demonstra por nós, dando-nos a sua vida e sendo cruxificado, a fim de perdoar as nossas faltas, dando-nos a felicidade e a força, tanto nos gostos como nos desgostos.
Ele está lá sempre! Ele está lá sempre! Ele nos leva pela mão e nos transmite a alegria de nos saber amados.
A satisfação de cumprir o que Ele nos diz, leva-nos a uma imensa alegria, que não é só física, mas sim sobrenatural e infinita. Na mensagem de S. Josemaria “a alegria cristã é um elemento importante do seguimento de Cristo”,
O homem foi feito para ser feliz, para ser alegre, entrar em comunhão com Deus, alcançando assim uma alegria completa. Não é aquele instante, momento, que se esvai e não nos deixa nada, mas tudo faz sentido.
A comunhão com Deus dar-vos-á a alegria infinita e não só um mero momento.
Ainda há pouco tempo, quando tivemos o Santo Padre connosco, todos sentiram essa alegria, todos vinham à procura de algo para si próprios.
Sejam todos felizes, todos, todos, todos.
*Ana Maria Figueiredo